Curso voltado para confeitaria de páscoa qualifica pessoas privadas de liberdade em Cascavel 28/02/2023 - 10:56

Com objetivo voltado para a produção de itens de páscoa, um curso de confeitaria está qualificando 17 pessoas privadas de liberdade (PPLs), da Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro - Unidade de Progressão (PIMP/UP), em Cascavel, no Oeste do Paraná.

O projeto é uma parceria entre a Polícia Penal do Paraná (PPPR), o Conselho da Comunidade de Cascavel e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), por meio do Programa Educar para o Futuro.

O coordenador regional da Polícia Penal em Cascavel, Thiago Correia, explica que a necessidade de qualificar a mão de obra prisional está relacionada com as exigências do mercado de trabalho, pós prisão.

“A cada ano que se passa, o mercado de trabalho se demonstra mais criterioso e exigente. O apenado que opta pelo conhecimento, nos mostra que está escolhendo mudar de vida por meio de qualificação diferente da qual o trouxe para o sistema prisional, por isso, essa é uma oportunidade da pessoa privada de liberdade fazer algo diferente para sua vida, após cumprimento da pena”, explica.

Já o pedagogo e mestre em educação, Márcio Issler, responsável pela iniciativa, conta que além da qualificação o objetivo é tornar as pessoas privadas de liberdade em profissionais no ramo da confeitaria.

“Esta é a segunda turma do curso de confeitaria na unidade, porém nesta etapa, temática, voltada para a produção pascoal. Após a finalização das horas-aula, faremos uma produção em massa dos itens aprendidos e a destinação a uma entidade social da cidade”, afirma. 

O curso é dividido em quatro módulos com aulas práticas e teóricas. Ao todo serão 16 horas de qualificação.
A professora responsável pelo ensino, Rosane Ciszevski Lenz, conta sobre os itens produzidos nas aulas práticas e afirma que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente.

“Por conta do curso temático, as aulas estão voltadas para aprendizado de produção de ovos de páscoa, ovos trufados, ovos de colher, bolachas decoradas e também empadovo, uma novidade de um ovo salgado que reúne ingredientes da empada, porém com formato de ovo de páscoa. A certificação vai ajudar muito lá fora, pois não basta saber fazer, mas é preciso provar ao mercado de trabalho que se sabe fazer”, explica.

Para um dos alunos do projeto a qualificação vai ser primordial após a saída do sistema penitenciário.

“Eu pretendo, ao sair daqui, trabalhar com panificação. Meu pai tem sala comercial, então quero atuar lá fora com o que aprendi dentro da penitenciária”, finaliza.