Custodiadas da Cadeia Pública Feminina de Alto Paraná recebem atendimento odontológico especializado em parceria com universidade 26/08/2025 - 11:50

 

A Regional Administrativa da Polícia Penal do Paraná (PPPR) em Maringá promoveu, no último sábado (23), uma ação em parceria com o curso de Odontologia da UniFatecie de Paranavaí e com a Secretaria Municipal de Saúde. A Cadeia Pública Feminina de Alto Paraná concretizou o projeto “EndoLibertas”, que tem como objetivo oferecer atendimento odontológico especializado às mulheres privadas de liberdade, garantindo saúde bucal, dignidade e qualidade de vida.

Ao todo, sete custodiadas foram conduzidas por equipes do Setor de Operações Táticas (SOT), do Setor de Operações Especiais (SOE) e da própria unidade até a clínica odontológica da UniFatecie, em Paranavaí, onde receberam tratamento de canal. Esse tipo de procedimento, por sua complexidade, não pode ser realizado dentro do ambiente prisional, apesar do atendimento odontológico de rotina já existente no local.

O coordenador regional da PPPR em Maringá, Júlio César Vicente Franco, destacou a importância de ações como esta no processo de reintegração social. “O tratamento de canal é um procedimento que devolve qualidade de vida, alívio da dor e dignidade às pessoas privadas de liberdade.” Ele ainda ressaltou que a parceria fortalece o compromisso da Polícia Penal do Paraná em humanizar o cumprimento da pena e abrir caminhos de reintegração social.

A gestora da Cadeia Pública de Alto Paraná ressaltou o impacto positivo da iniciativa. “Este projeto nos trouxe a possibilidade de oferecer um atendimento que vai além do básico, algo que normalmente estaria fora do alcance das nossas internas. Outros atendimentos já foram agendados para o mês de setembro”, acrescentou.

O projeto também proporciona aos acadêmicos de Odontologia a oportunidade de vivenciar a prática em um ambiente desafiador, fortalecendo a responsabilidade social e a extensão universitária.

A coordenadora do curso de Odontologia da UniFatecie, Ana Claudia Baladelli Silva Cimardi, manifestou grande satisfação em participar do projeto e destacou a relevância da experiência para a formação acadêmica.

 “Sabemos que as pessoas privadas de liberdade possuem grande dificuldade em acessar esse tipo de tratamento. Foi muito emocionante, tanto para mim quanto para os alunos, vivenciar esse momento. Realmente foi uma experiência que ampliou nosso conceito sobre o cumprimento de pena e o papel transformador da saúde. Estamos muito animados para dar continuidade ao projeto e fortalecer essa parceria”, disse.


 

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