Ação educativa reforça cuidados com a saúde dermatológica de apenados na Penitenciária Estadual de Maringá 27/06/2025 - 16:34
Durante este mês de junho, a Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) promoveu uma ação educativa voltada à prevenção e controle da furunculose entre as pessoas privadas de liberdade (PPL). A iniciativa teve como objetivo conscientizar a população carcerária sobre as causas, formas de prevenção e tratamento da doença, buscando reduzir sua incidência no ambiente prisional.
A ação foi fundamentada na Nota Técnica nº 4/2024 da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), que orienta e uniformiza as condutas frente às afecções dermatológicas no sistema prisional, como escabiose, dermatofitoses e furúnculos. O projeto seguiu também o Guia Prático em Dermatologia na Atenção Primária Prisional, fortalecendo a assistência em saúde às pessoas privadas de liberdade.
A metodologia utilizada integrou o conteúdo educativo ao cronograma de aulas do Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos (Ceebja) Professora Tomires Moreira de Carvalho, com palestras ministradas por profissionais de saúde da própria unidade. As apresentações foram conduzidas com linguagem acessível e dinâmica, utilizando dinâmicas de “mitos e verdades” e placas-respostas elaboradas pelos próprios custodiados. Também foram distribuídos panfletos informativos ilustrados com linguagem simplificada.
“A ação demonstra o compromisso institucional com a saúde e a humanização do sistema penal. Investir em prevenção é uma forma eficaz de garantir segurança e bem-estar dentro das unidades prisionais”, destacou o coordenador regional da Polícia Penal em Maringá, Júlio César Vicente Franco.
O diretor da Penitenciária Estadual de Maringá, Rafael Alberto Kawanishi Martins, reforçou a importância da ação ao afirmar que: “a promoção da saúde no sistema prisional é uma responsabilidade compartilhada. A integração entre os setores de saúde, segurança e educação é fundamental para garantir dignidade e melhores condições de vida às pessoas sob custódia do estado”, afirmou.
“Aumentar o nível de informação entre as pessoas privadas de liberdade é essencial para estimular condutas preventivas e, assim, contribuir para evitar que casos sejam registrados na unidade”, explicou a enfermeira e coordenadora do projeto, Daniela Akemy Yokota.
A ação educativa marca mais um passo na consolidação de uma política de saúde eficiente e humanizada no sistema penitenciário paranaense, reforçando o papel da Polícia Penal do Paraná na promoção da dignidade e no cuidado com a população privada de liberdade.