Apenados do Complexo Penitenciário de Maringá prestam vestibular para Serviço Social 15/02/2023 - 14:09

Nos primeiros dias de fevereiro, as pessoas privadas de liberdade (PPL), das unidades penitenciárias de Maringá, prestaram vestibular para o curso de Serviço Social.
Os apenados que alcançarem a aprovação, poderão fazer o curso superior na unidade penal por meio da Fanduca, uma plataforma digital educacional que mantém parceria com a Polícia Penal.

Prestar prova do vestibular é uma iniciativa dos custodiados que concluíram ou estão em fase de conclusão do ensino médio e desejam dar continuidade aos estudos. Além de dispor de tempo para os estudos, os aprovados receberão os materiais necessários e darão continuidade ao processo de remição de pena. A cada 12 horas de estudo eles terão reduzido um dia da pena.

“A remição é um grande estímulo, porém, os candidatos prestaram provas porque querem mesmo fazer um curso superior e terem uma profissão definida para quando saírem, pós o cumprimento de suas penas", disse a pedagoga Ivanir Jolio, coordenadora do ensino na Penitenciária Industrial de Maringá - Unidade de Progressão (PIM-UP). Segundo Ivanir, um diploma de curso superior e uma profissão são os estímulos que movem os estudantes presos.

Os vestibulares para pessoas privadas de liberdade, são oferecidos através de parcerias da Polícia Penal do Paraná e a Secretaria da Segurança Pública, com instituições de ensino públicas ou privadas, como as universidades estaduais de Maringá (UEM), Londrina, Ponta Grossa e Cascavel, além dos Institutos Federais.

O coordenador regional da Polícia Penal em Maringá, Júlio César Vicente Franco, afirma que existem estudos que comprovam que entre os apenados que tiveram oportunidade de cursar uma graduação, a taxa de retorno ao sistema prisional reduziu muito, diferente daqueles que não participaram de nenhum tipo de reinserção.

O diretor da PIM-UP, Vaine Gomes, elogiou os esforços dos estudantes para chegarem até o vestibular e os professores que fizeram a preparação das pessoas privadas de liberdade para as provas. De acordo com ele, a Secretaria da Segurança do Paraná, por meio da Polícia Penal, se preocupa em fazer com que a pessoa, que por algum motivo deu entrada no sistema penitenciário, saia em condições de reestabelecer sua vida em sociedade com alto nível de qualificação.

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