Atividades educacionais em presídios de Foz do Iguaçu retornam com mais de mil estudantes matriculados 06/02/2024 - 17:28

O retorno às atividades educacionais de 2024 no sistema penitenciário em Foz do Iguaçu foi marcado por importantes e inéditos acontecimentos. Primeiramente, foi atingido um número recorde na região de pessoas privadas de liberdade matriculadas nas séries regulares de ensino. Serão 1.090 alunos distribuídos entre os níveis que variam da alfabetização ao ensino médio.

Outro dado importante está relacionado à organização: é a primeira vez na história da regional de Foz do Iguaçu que as aulas começarão de forma simultânea para todos os alunos, o que permite um planejamento pedagógico mais linear, inclusive com a previsão de ampliação na oferta de vagas para o sistema penitenciário.

Com uma equipe de trabalho experiente, o Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEEBJA) Helena Kolody conta com mais de 40 profissionais da educação, entre eles estão pedagogos e professores das mais variadas áreas do conhecimento. Todos profissionais concursados e com qualificação e processos de seleção voltados para a atuação com pessoas privadas de liberdade.

Com aproximadamente 36% dos apenados estudando, a regional segue alinhada às práticas estabelecidas pela Polícia Penal do Paraná (PPPR) no que tange ao desenvolvimento e ampliação de políticas públicas que já se comprovaram eficazes no processo de ressocialização, como frisa o diretor regional de Foz do Iguaçu, Cássio Rodrigo Pompeo: “A educação é uma das prioridades para a Polícia Penal. O alinhamento entre os procedimentos operacionais e as estratégias pedagógicas dos profissionais da educação são o que permitem essa organização e esses números contundentes no início do ano letivo de 2024”, afirma.

SISTEMA HÍBRIDO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA – A fim de promover uma política pública de educação voltada a um público tão específico como as pessoas privadas de liberdade, o Conselho Estadual de Educação do Paraná apresentou uma proposta pedagógica diferenciada para o sistema prisional, com a adoção de um sistema de ensino híbrido. Essa estratégia prevê 50% de aulas presenciais com professores e 50% de atividades direcionadas a serem realizadas pelos apenados. As atividades direcionadas são desenvolvidas pelo professor titular da disciplina e têm o foco de ampliar e fixar os conteúdos trabalhados em sala de aula.

Com uma visão pedagógica e organizacional estratégica, o CEEBJA Helena Kolody em parceria com a Polícia Penal vem conseguindo levar educação de qualidade e com propósito às pessoas privadas de liberdade. Promovendo uma transformação com base na conscientização de que o esforço e o empenho são ferramentas de transformação pessoal e social. Para o diretor do CEEBJA Helena Kolody, o professor Djalma Machado da Cruz, “A educação é uma das molas propulsoras do tratamento penal, e nesse sentido, toda nossa equipe de profissionais está empenhada em fazer o melhor pelos nossos alunos”.

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