Complexo Médico Penal encerra atividades educacionais de 2025 com celebração cultural e ações de reabilitação 16/12/2025 - 08:40

O Complexo Médico Penal (CMP) da Polícia Penal do Paraná (PPPR), localizado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, realizou nesta quarta-feira (10) a cerimônia de encerramento das atividades do ano letivo de 2025, contemplando ações desenvolvidas nas áreas de pedagogia e psicologia. O evento marcou oficialmente o fim do ciclo educacional na unidade e celebrou o papel transformador da educação, da cultura e das práticas terapêuticas no contexto prisional.

A programação contou com apresentações de pessoas privadas de liberdade participantes da educação básica e de cursos profissionalizantes, evidenciando talentos, habilidades e o potencial criativo desenvolvido mesmo em situação de privação de liberdade. Também houve participação da Igreja Comunhão Cristã Abba, de Curitiba, que apresentou a “Cantata de Natal”, com música, teatro e ministração conduzida pelo pastor Lucas Suplano. Produções do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (Ceebja) Dr. Mário Faraco e dos cursos de qualificação profissional da unidade incluíram recitais de poemas e canções natalinas.

Para o diretor do Complexo Médico Penal, Renê Fernandez, o ano de 2025 representou um avanço institucional significativo. “Em 2025, o CMP passou por uma mudança de paradigma. Estamos promovendo a dignidade das pessoas aqui custodiadas, e isso ocorreu de forma muito significativa por meio do setor de educação e dos trabalhos pedagógicos realizados. Queremos intensificar ainda mais esse movimento no próximo ano, trazendo novas oportunidades de cursos profissionalizantes e ampliando os espaços educacionais, para que o CMP contribua cada vez mais na formação educacional e profissional dos custodiados”, afirmou.

A pedagoga Sandra Paranhos destacou que o encerramento do ano letivo representa mais do que um momento simbólico. “O encerramento do ano letivo vai muito além de uma cerimônia. Representa um momento de reconhecimento, reflexão e celebração das conquistas dos estudantes privados de liberdade, que ao longo do ano demonstraram dedicação, esforço e desejo genuíno de transformação por meio da educação”, ressaltou.

Ao longo de 2025, o CMP registrou avanços expressivos na oferta educacional. Projetos desenvolvidos pelo Ceebja incluíram cursos profissionalizantes, Remição pela Leitura, o projeto Liberdade em Retalhos, o Círculo de Reconhecimento e o curso de Cuidador de Idosos. As ações educacionais atenderam 261 pessoas privadas de liberdade, abrangendo Educação Básica, Ensino Superior, Qualificação Profissional e a aplicação do Enem PPL, resultado do trabalho integrado entre a direção da unidade, a chefia de segurança e as equipes pedagógica e administrativa.

“Ao olhar para tudo o que foi construído em 2025, reforço minha convicção, como pedagoga, de que a educação é um instrumento essencial para a reintegração social das pessoas privadas de liberdade. Cada estudante que se dedica, que participa de um projeto, que lê um livro ou que aprende uma nova profissão demonstra que a transformação é possível”, enfatizou Sandra.

A área de psicologia também teve papel de destaque no encerramento, com a apresentação de uma atividade de musicoterapia, evidenciando avanços no cuidado emocional e no processo de reintegração social. A psicóloga Francieli Barroso, responsável pela ação, explicou que o grupo apresentou elevada participação e envolvimento ao longo do ano. “Houve abertura para a experiência musical como forma de expressão, comunicação e organização interna, além de cooperação, respeito aos combinados e interesse crescente pelas atividades”, afirmou.

Segundo a profissional, as práticas de musicoterapia resultaram em melhora da atenção compartilhada, fortalecimento do vínculo grupal e ampliação da expressão afetiva por meio do canto, do ritmo e da escolha do repertório. A preparação para as apresentações natalinas, conforme destacou, promoveu sentimentos de pertencimento, autoestima e valorização pessoal, além de desenvolver habilidades socioemocionais como disciplina, escuta ativa e responsabilidade.

Francieli ressaltou ainda benefícios psicológicos relevantes, como regulação emocional, redução do isolamento, aumento da motivação, estímulo cognitivo e diminuição de comportamentos impulsivos. “A ação musical criou um ambiente terapêutico que favoreceu experiências positivas e a integração entre os participantes. Observamos evolução significativa e vínculos fortalecidos”, concluiu. O interesse pelas práticas terapêuticas segue em crescimento, com cerca de 80 pessoas privadas de liberdade já inscritas para o próximo grupo de musicoterapia previsto para o próximo ano.

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