Complexo Social da Polícia Penal promove reintegração social em Umuarama e região 10/09/2025 - 15:39

O Complexo Social da Polícia Penal do Paraná de Umuarama tem se consolidado como referência no apoio a pessoas monitoradas e em cumprimento de penas alternativas. A unidade reúne o Escritório Social, a Central Integrada de Alternativas Penais (Ciap) e o Núcleo de Atendimento a Pessoas Monitoradas (Nupem).

De acordo com o coordenador regional da Polícia Penal em Umuarama, Arnobe Lemes dos Reis, “através do Complexo Social, podemos oferecer o suporte necessário para que, egressos e monitorados tenham maiores possibilidades de reintegração social, visando o fortalecimento de vínculos familiares, regularização de documentos pessoais, educação, profissionalização e retorno ao mercado de trabalho, refletindo diretamente na redução da reincidência criminal”.

Além disso, atividades como rodas de leitura, oficinas de pintura em tela e grupos reflexivos sobre saúde e cidadania fazem parte da rotina dos atendimentos, oferecendo novos horizontes para monitorados e egressos.

Em agosto, os três Complexos Sociais sob coordenação da Regional de Umuarama registraram 1.569 atendimentos na área de alternativas penais. No Nupem, aproximadamente 6.800 atendimentos à monitorados e familiares.

O trabalho também alcança os pré-egressos, ainda dentro das unidades prisionais. Seis meses antes da progressão de regime, equipes iniciam o levantamento de informações sobre documentos, vínculos familiares e perspectivas de vida, preparando o retorno ao convívio social. Só no último período, mais de 1.400 pessoas passaram por esse acompanhamento.

A assistente social Gisely Medina, que coordena o Complexo na Regional e responde por 16 comarcas, reforça que o trabalho é voltado para a transformação.  “Nossa meta inegociável é melhorar essa pessoa. Que ela saia melhor, e não pior. Nosso foco é transformar erros em oportunidades de mudança. A sociedade também ganha quando investimos em ressocialização. Colocamos 100% dos monitorados no mercado de trabalho através das empresas privadas e convênios municipais para todos que nos procuram com desejo de serem inseridos no mercado”, destacou.

NO PARANÁ - Atualmente, os Complexos Sociais da Polícia Penal do Paraná prestam atendimento, ao todo, a mais de 18 mil monitorados e 6 mil pessoas em cumprimento de medidas alternativas em diferentes regiões do Estado.

Na Ciap, por exemplo, os atendimentos se organizam em três eixos: prestação de serviços à comunidade, aplicada a crimes mais leves; grupos reflexivos de violência doméstica, que já apresentam índice de 100% de não reincidência; e atividades voltadas à dependência de álcool e drogas, realizadas em dez encontros. Um novo programa sobre violência no trânsito deve ser iniciado em breve.

Já no Nupem, o acompanhamento inclui atendimento individual, reuniões com familiares, oficinas educativas e encaminhamentos para cursos e oportunidades de emprego.

Para o coordenador dos Complexos Sociais da Polícia Penal no Estado, Rodrigo Fávaro, essas iniciativas representam uma política pública essencial.“Mais do que fiscalizar o cumprimento das medidas judiciais impostas, a CIAP e o NUPEM desenvolvem ações voltadas à inserção social, fundamentadas nos princípios da responsabilização e da cidadania. Os municípios de Umuarama e Cruzeiro do Oeste destacam-se como exemplos expressivos na implementação de políticas penais inovadoras, alinhadas à redução do superencarceramento e ao enfrentamento da reincidência prisional”, afirmou.

As ações são desenvolvidas em parceria com universidades, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Conselho da Comunidade, empresas privadas, Sine, Senar, Senac e secretarias municipais. A rede garante acesso a cursos de capacitação, políticas públicas e oportunidades formais de emprego.


 

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