Curso de produção de doces é realizado na Cadeia Pública Feminina de Astorga como ação de reintegração social 29/05/2025 - 15:14

A Polícia Penal do Paraná (PPPR) promoveu, nesta segunda (26) e terça-feira (27), o “Curso de Produção de Geleias, Doces Pastosos e Doces de Corte” na Cadeia Pública Feminina de Astorga, na região norte do estado, uma importante ação voltada à reintegração social de mulheres privadas de liberdade. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a PPPR, o Conselho da Comunidade de Astorga, o Sindicato Rural de Astorga e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), responsável pela oferta do curso.

A proposta do curso é oferecer às participantes uma capacitação técnica e prática na produção artesanal de doces, estimulando habilidades culinárias e, sobretudo, criando oportunidades de inserção no mercado de trabalho após o cumprimento da pena. “A Cadeia Pública Feminina de Astorga busca, cada vez mais, implementar ações que promovam a ressocialização”, afirmou o gestor da unidade prisional, Michel Henrique Andrade Higino Costa. “O curso de doces demonstra que, com parcerias sólidas, conseguimos transformar o ambiente prisional em um espaço de aprendizado e reconstrução de trajetórias”, complementou.

Nesta edição piloto, 12 custodiadas foram capacitadas na fabricação de doces tradicionais brasileiros e geleias em compotas. O espaço físico para as aulas foi cedido pela unidade prisional, os ingredientes foram fornecidos pelo Conselho da Comunidade de Astorga, e o instrutor, Frederico Leonneo Mahnic, foi disponibilizado pelo Sindicato Rural em parceria com o Senar. “Foi uma experiência muito gratificante poder compartilhar conhecimentos e ver o interesse das participantes em aprender uma nova atividade”, destacou Frederico. “A produção de doces é uma tradição brasileira e uma excelente oportunidade de geração de renda, além de ser uma atividade terapêutica”, acrescentou.

Além do preparo das receitas, as participantes também receberam orientações sobre higiene, manipulação e conservação de alimentos — aspectos essenciais para quem deseja empreender na área alimentícia. Marlene Favaro, presidente do Conselho da Comunidade de Astorga, reforçou a importância da iniciativa: “Nosso papel é apoiar ações que contribuam para a dignidade e a ressocialização das pessoas privadas de liberdade. Fornecer os ingredientes e participar desta parceria reforça nosso compromisso com a promoção de oportunidades concretas de transformação de vida”, enfatizou.

O curso também integra uma política institucional mais ampla, que busca fortalecer a qualificação profissional dentro das unidades penais do Estado. Júlio César Vicente Franco, coordenador regional da Polícia Penal do Paraná em Maringá, destacou o papel estratégico da ação: “Este curso é um exemplo de que o sistema penitenciário pode e deve ser um agente de mudança social. A qualificação profissional oferecida às internas fortalece a política de ressocialização da PPPR e amplia as possibilidades de reintegração social após o cumprimento da pena”, destacou.

Os resultados esperados incluem a capacitação técnica das internas, o estímulo à autonomia financeira, a promoção do trabalho como ferramenta de reintegração social e a redução da reincidência criminal por meio da profissionalização.

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