Custodiadas na Cadeia Pública de Alto Paraná concluem primeiro curso de Produção Artesanal de Alimentos Sem Glúten e Sem Lactose 09/10/2025 - 16:46

A Cadeia Pública Feminina de Alto Paraná, no noroeste do estado, realizou nesta segunda (6) e terça-feira (7), o Primeiro Curso de Produção Artesanal de Alimentos sem Glúten e sem Lactose, uma iniciativa desenvolvida em parceria com o Sindicato Rural de Alto Paraná e a Igreja CIA de Maringá. O curso, que contemplou dez mulheres privadas de liberdade, teve como foco a panificação e confeitaria saudável, oferecendo às participantes a oportunidade de aprender uma nova profissão e, com ela, abrir caminho para a reinserção social.

O coordenador da Regional Administrativa da Polícia Penal em Maringá, Júlio César Vicente Franco, destacou a importância da iniciativa para o processo de reintegração social das participantes. “Cursos como este representam uma oportunidade real de transformação. Quando oferecemos conhecimento e preparo técnico, estamos dando às pessoas privadas de liberdade as ferramentas necessárias para reescreverem suas histórias com dignidade e esperança”, afirmou.

Durante a solenidade de encerramento, a gestora da unidade penal, Sandreli Ortiz Frasson, destacou o valor do aprendizado e o impacto transformador da iniciativa. “Hoje celebramos a dedicação e o empenho dessas alunas, pessoas privadas de liberdade que abraçaram a chance de aprender uma nova profissão. A mesa, repleta de delícias que são prova do talento e da técnica que elas adquiriram no curso, representa a semente de uma nova jornada”, afirmou.

Segundo Sandreli, a qualificação profissional é uma das principais ferramentas de ressocialização dentro do sistema prisional. “Não é apenas sobre aprender a fazer um bolo ou um pão; é sobre resgatar a dignidade, construir autonomia e conquistar uma profissão com potencial de gerar renda”, ressaltou.

Os certificados entregues simbolizam mais do que a conclusão de um curso: representam esperança, recomeço e oportunidades reais de reconstrução de vida. “O trabalho e a educação são os pilares que sustentam a reintegração social e o fortalecimento pessoal dessas mulheres”, completou a gestora.

O instrutor do curso, Lucas Barbaldi de Sá, agradeceu pela experiência e relatou o impacto positivo que vivenciou durante os dias de formação. “Foi uma experiência incrível tanto para elas quanto para mim. Vi nessas mulheres união, dedicação e esforço para superar dificuldades. A forma como se empenharam, mesmo diante das circunstâncias, foi emocionante. Aprendi a valorizar ainda mais a vida e a acreditar no poder de uma segunda chance”, destacou.

Lucas também agradeceu à missionária Carla da Silva Alvarenga, da Igreja CIA de Maringá, pelo apoio com os ingredientes e insumos utilizados nas oficinas, e ao Sindicato Rural de Alto Paraná, pela parceria que tornou possível a realização do projeto.

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