Custodiados da Colônia Penal de Maringá fazem testes rápidos de prevenção de doenças 02/08/2023 - 10:09

Na manhã desta segunda-feira (31), oito custodiados da Colônia Penal Industrial de Maringá (CPIM) realizaram exames de detecção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) através de uma ação em conjunto do Centro Universitário Ingá (Uningá) e o Centro de Saúde da unidade prisional. O exame é feito por meio de uma gota de sangue retirada do dedo e o resultado sai em cerca de meia hora.

O grupo de estudantes realiza regularmente ações de prevenção em saúde para as pessoas privadas de liberdade (PPLs) do Complexo Penitenciário de Maringá. O objetivo é rastrear entre os apenados eventuais portadores do vírus HIV, sífilis, hepatite B e C, para oferecer tratamento precoce. A ação faz parte da disciplina de Saúde Coletiva, coordenada pela professora Francielle Renata Danielli Martins Marques. Os exames são aplicados por estudantes do quarto ano da graduação de Medicina da Uningá. 

Durante as ações, eles têm a oportunidade de conhecer a estrutura da unidade penal e da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP).

O diretor-geral da Polícia Penal do Paraná (PPPR), Osvaldo Messias Machado, ressalta que o diagnóstico precoce de doenças transmissíveis no ambiente carcerário traz uma série de consequências positivas.

“Esse controle da saúde coletiva dentro das unidades prisionais do Paraná evita a propagação de doenças entre os apenados, evitando consequentemente os sintomas mais agravantes no indivíduo, além de deslocamentos de escolta a hospitais e maiores gastos do Estado”, destaca.

O diretor da CPIM, Vitor Scaramella, ressalta a importância desse tipo de iniciativa: “Trata-se de uma ação fundamental para estimular o diagnóstico precoce das DSTs entre a população carcerária, evitando complicações decorrentes das doenças e estimulando o controle sanitário do ambiente prisional. Além disso, os alunos podem conhecer o dia a dia nas unidades de tratamento penal, tornando a formação mais completa e voltada para o papel social do médico”.

A enfermeira da unidade, Janaina Marcolino, explicou porque algumas ações de saúde acontecem primeiro nos presídios: “Ações de prevenção de doenças com grande facilidade de transmissão normalmente são realizadas no ambiente prisional antes da população em geral, devido à vulnerabilidade da população carcerária e do ambiente predisposto”.

Já a professora Francielle aproveitou a oportunidade para dizer aos alunos que independente da pessoa estar encarcerada, ela precisa ter acesso à saúde, uma vez que tal direito é garantido por lei, em todos os pontos da Rede de Atenção em Saúde.

 

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