Entre os dias 1º e 3 de outubro, a Colônia Penal Industrial de Maringá (CPIM) promoveu o Curso de Brigadista de Incêndio voltado para pessoas privadas de liberdade (PPL). A capacitação, realizada em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Paraná), contou com a participação de 20 custodiados da unidade.

O curso teve como principal objetivo ensinar conceitos básicos sobre brigada de incêndio, incluindo sua organização e funcionamento, além de abordar temas essenciais como combate a incêndios e noções de primeiros socorros.

De acordo com os organizadores, iniciativas como essa são fundamentais tanto para a reintegração social dos apenados quanto para a segurança pública. Ao oferecer qualificação profissional reconhecida, os cursos contribuem para elevar a autoestima dos participantes e ampliar suas oportunidades de inserção no mercado de trabalho após o cumprimento da pena. Para a sociedade, isso representa redução na reincidência criminal e maior segurança coletiva.

O coordenador da Regional Administrativa da Polícia Penal em Maringá, Júlio César Vicente Franco, destacou a relevância do curso e o impacto positivo da iniciativa dentro do sistema prisional. “Esse tipo de capacitação é fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas privadas de liberdade. Além de contribuir para a ressocialização, o curso prepara os participantes para agir com responsabilidade e segurança em situações reais de emergência. Caso uma ocorrência de fato aconteça dentro da unidade, eles estarão aptos a lidar com a situação de forma correta e preventiva, protegendo vidas e patrimônios. É um aprendizado que fortalece tanto a segurança interna quanto a formação cidadã dos custodiados”, disse.

Além do impacto social, a formação também traz benefícios imediatos à própria unidade prisional, já que os internos capacitados passam a atuar de forma preventiva e eficiente em situações de emergência, protegendo vidas e patrimônios.

O diretor da CPIM, Silvino Molina de Sousa, ressaltou a importância da iniciativa como parte do compromisso da unidade com a reintegração social. “Nosso objetivo é proporcionar aos custodiados oportunidades reais de aprendizado e qualificação, para que, ao deixarem o sistema prisional, estejam mais preparados para recomeçar e contribuir positivamente com a sociedade”, explicou.

O instrutor responsável pelo curso, Ricardo Wagner Mori Moreira, destacou a experiência como uma oportunidade enriquecedora. “Foi uma experiência gratificante poder ministrar o curso, uma vez que pude testemunhar o senso de equipe deles e a vontade de mudar de vida por meio do conhecimento, além de buscar uma condição melhor para recolocação no mercado de trabalho”, finalizou.