Da teoria à prática: graduandos de universidades de Cascavel conhecem de perto o sistema penal paranaense 20/12/2023 - 16:51

Este foi um ano de grandes parcerias entre a Polícia Penal do Paraná (PPPR) e as instituições de ensino superior do estado. Por diversas vezes, várias unidades penais pertencentes à regional administrativa da PPPR em Cascavel abriram suas portas para receber acadêmicos que, além de buscarem conhecimento, desejam quebrar paradigmas.

Instituições como a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz (FAG) e Centro Universitário Univel, levaram cerca de 450 alunos dos cursos de psicologia, direito, pedagogia, odontologia e filosofia para, através da visita técnica, conhecerem o tratamento penal.

Segundo o diretor da regional administrativa da PPPR em Cascavel, Thiago Correia, desconstruir preconceitos é um dos principais objetivos das visitas técnicas. “Quando os acadêmicos nos procuram, nós podemos mostrar o trabalho que é feito dentro de uma unidade prisional, o sistema de ressocialização não qual muitos não creem, mas que possibilita que um ser humano possa se arrepender do que fez e voltar para a sociedade como uma pessoa melhor. Durante a visita eles observam isso na prática, com exemplos”, destaca.

Sérgio Sarquis, diretor da Penitenciária Estadual Thiago Borges de Carvalho (PETBC), salienta que além de cada visitante se tornar um replicador sobre como a Lei de Execução Penal é viabilizada dentro das unidades penais, muitas parcerias surgem após esse contato. “Nesse último mês, duas universidades nos visitaram e ambas manifestaram o interesse de atender as pessoas privadas de liberdade (PPL) e dessa forma colaborar com o tratamento penal”, conta.

O professor e psicólogo Luiz Fernando Granetto, cujos alunos já desenvolvem um projeto contínuo com PPLs em duas penitenciárias, salienta que os atendimentos propiciam uma troca de experiências muito interessante. “É uma população que está em uma situação de vulnerabilidade maior, porque dentro da saúde mental a gente trabalha a liberdade e eles estão num ambiente onde a liberdade está privada no âmbito físico, então é um desafio e nós temos muito a contribuir”, explica.

Para a acadêmica de psicologia, Taísa Fernandes, a realidade observada é muito diferente do imaginado por ela. “Eu achei que iríamos encontrar superlotação, brigas, aquelas imagens que sempre vemos na TV e, na verdade, fiquei surpresa com o bom comportamento dos apenados e por saber que muitos dos produtos que eu compro no mercado são produzidos aqui dentro”, destacou.

Para o próximo ano, a Polícia Penal do Paraná seguirá recebendo as instituições interessadas em conhecer o sistema penitenciário, sendo necessário, para tanto, que estas entrem em contato previamente com os gestores locais, formalizando o pedido e cumprindo os requisitos necessários em cada unidade.

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