Em Foz do Iguaçu, Unioeste forma mulheres privadas de liberdade em curso de Direitos Humanos 25/03/2024 - 16:34

A Polícia Penal do Paraná (PPPR) desenvolve uma série de iniciativas e políticas públicas voltadas ao tratamento penal, sendo muitas delas realizadas com o apoio dos mais variados setores da sociedade. Órgãos da administração direta, indireta, fundações, autarquias, universidades e membros da sociedade civil somam-se aos esforços e programas desenvolvidos pelos setores técnicos da PPPR.

Na Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu – Unidade de Progressão (PFF - UP), foi realizada a conclusão do curso de Direitos Humanos ofertado a 12 mulheres privadas de liberdade, ofertado pelo período de cinco semanas com uma carga horária de 12 horas.

O curso faz parte de um projeto de extensão do Observatório de Direitos Humanos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em parceria com a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e a Universidade sem Fronteiras (USF).

A formação em Direitos Humanos aplicada às mulheres privadas de liberdade na PFF - UP foi toda conduzida por professores doutores vinculados ao projeto, com a participação de acadêmicos dos cursos de história, direito e pedagogia, membros do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu, além do Ministério Público Estadual e da Associação Comercial de Foz do Iguaçu.

O diretor da regional de Foz do Iguaçu da Polícia Penal, Cássio Rodrigo Pompeo, explica que iniciativas como essa, que contam com apoio de diversas entidades, enriquecem o debate acerca da necessidade da promoção de uma política de direitos humanos ampla.

“Isso é importante para que não se fale somente de direitos, mas sim de deveres de um bom cidadão também. Os trabalhos que a Polícia Penal desenvolve trabalha acerca da temática dos direitos humanos passando necessariamente pelo respeito à dignidade da pessoa humana, a vida e criação de valores para uma vida em sociedade que seja saudável e produtiva”, frisa.

Dentro do amplo espectro da formação em Direitos Humanos foram apresentados alguns temas relevantes, como os deveres e direitos da pessoa privada de liberdade, a história das mulheres e a importância dos direitos humanos como pacto civilizatório.

A coordenadora do projeto, Carla Luciana Silva, destaca que a atividade busca tratar da temática de forma ampla: “Visamos proporcionar conhecimento às detentas e divulgar à sociedade a importância de se conhecer o tema dos direitos humanos para o bem social".

Para a representante do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu, Tamara Cardoso André, as mulheres participaram com bastante interesse da leitura e do debate: “Elas chegaram até mesmo a relatar que levaram para as suas colegas o aprendizado obtido nos encontros”.

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