Um projeto desenvolvido pela Polícia Penal do Paraná, na Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro – Unidade de Progressão (PIMP-UP), em Cascavel, no Oeste do Estado, tem levado alegria para pacientes de hospitais, crianças em creches e escolas públicas da cidade.

Batizado de “Entrando na Linha”, a proposta usa a mão de obra carcerária para confeccionar naninhas. 

Tudo é produzido no setor de costura da unidade. O projeto é financiado pelo Conselho da Comunidade de Cascavel, por meio da mediação do Educar para o Futuro, uma parceria firmada entre a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e o próprio Conselho da Comunidade.

O diretor da PIMP-UP, Álvaro Marcelo Alegrette, explica que além da capacitação, a pessoa privada de liberdade, que integra o projeto, recebe também a remição de pena. A cada três dias de trabalho, um é descontado do tempo de condenação.

“Além do trabalho, da atividade de labor, propicia a construção de um item que beneficia a sociedade. Importante destacar, que nada seria possível, se não fossem os parceiros que acreditam nesta proposta e financiam a atividade”, explica. 

Atualmente, dez pessoas privadas de liberdade participam diretamente do projeto. Elas são implantadas no canteiro de trabalho ‘costura’, um setor dentro da unidade.

Para o presidente do Conselho da Comunidade de Cascavel, Rosaldo Chemim, a proposta é de extrema importância e beneficia muitas pessoas da sociedade.

“São projetos que beneficiam as pessoas que estão cumprindo pena, seus familiares, atingem, também, um público muito importante: crianças, adolescentes e pessoas hospitalizadas. Um programa muito importante e que faz muito bem dentro da comunidade”, enfatiza.

ENTREGA DAS NANINHAS - De setembro até agora, mais de 500 naninhas foram doadas a hospitais, escolas, entidades assistenciais e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei).

O Cmei Castelinho, no Bairro Interlagos, na região Norte de Cascavel, foi um dos contemplados pela iniciativa.

O Centro de Educação Infantil atende 69 crianças de 0 a 5 anos. A diretora, Leiliane de Lima Vasconcelos, agradece a ação e explica a importância para as crianças do Cmei. 

“Estamos em uma comunidade que precisa muito de ações como esta. Muitas destas crianças estão em vulnerabilidade social. Quando elas recebem a naninha, percebemos o sorriso de orelha a orelha. Elas se sentem felizes e nós também”, finaliza.