Estudantes do quarto ano de Medicina do Centro Universitário Ingá (Uningá) têm realizado ações de prevenção em saúde para as pessoas privadas de liberdade (PPLs) do complexo penitenciário de Maringá.

No dia 27 de março, foram realizados testes rápidos para detectar HIV, sífilis, hepatite B e C, em apenados da Penitenciária Industrial de Maringá (PIM-UP). O exame é feito por meio de uma gota de sangue retirada do dedo e o resultado sai em cerca de meia hora.

O diretor da PIM-UP, Vaine Gomes, apoia esse tipo de iniciativa onde todos saem ganhando. “O apenado com o resultado do exame, podendo dar início ao tratamento e os estudantes de Medicina sendo inseridos na realidade da população carcerária com ações integradas em saúde. Os alunos, sob supervisão, vivenciam o dia a dia nas unidades de tratamento penal tornando a formação mais completa e voltada para o papel social do médico”, reforça o diretor.

A ação é coordenada pela professora Francielle Renata Danielli Martins Marques, e faz parte da disciplina de Saúde Coletiva.

Durante essas práticas, os estudantes têm a oportunidade de conhecer a estrutura da unidade penal e da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP).

A enfermeira da unidade, Janaina Marcolino, explicou aos estudantes a importância desse tipo de iniciativa e salientou porque algumas ações de saúde acontecem primeiro nos presídios, antes de serem levadas para a população em geral.

A professora Francielle aproveitou a oportunidade para dizer aos alunos que independente do apenado estar na CPIM, CCM ou PEM, ele precisa ter acesso à saúde, uma vez que tal direito é garantido por lei, em todos os pontos da Rede de Atenção em Saúde.

A ação tem importância uma vez que existe maior prevalência de HIV e outras infecções transmitidas pelo sexo (IST) entre as PPL, sendo o diagnóstico precoce essencial no controle da transmissão e tratamento destas infecções.