Mulheres privadas de liberdade participam de palestra sobre Outubro Rosa em Foz do Iguaçu 17/10/2025 - 16:26

Em alusão ao Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero, a Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu – Unidade de Progressão (PFF-UP) promoveu, em parceria com o curso de Medicina da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), uma palestra voltada ao autocuidado à prevenção e à importância do diagnóstico precoce, nesta quinta-feira (17).
“Essas iniciativas reforçam o papel da Polícia Penal não apenas na custódia, mas também na ressocialização e na promoção da dignidade humana. Garantir acesso à saúde é fundamental para o processo de reintegração social”, ressaltou o coordenador da Regional Administrativa da Polícia Penal em Foz do Iguaçu, Cássio Rodrigo Pompeo.
Ao longo deste ano, por meio da parceria, também foram realizados exames preventivos e encaminhamentos para a mamografia de todas as mulheres privadas de liberdade que manifestaram interesse. De acordo com a Universidade, o projeto de atendimento ginecológico às mulheres privadas de liberdade, iniciado como atividade de extensão universitária, consolidou-se como um espaço relevante de prática para os estudantes - sob supervisão dos professores, proporcionando a oportunidade de vivenciar a realidade do sistema prisional e contribuir para assegurar cuidados de saúde essenciais às mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Para a professora que orienta o projeto, dra. Wilma Campos Arze, “a iniciativa busca garantir o acesso integral à saúde da mulher em contextos prisionais, promovendo cuidado humanizado, educação em saúde e formação médica comprometida com os direitos humanos e a equidade. A universidade reforça, assim, seu compromisso com a responsabilidade social, formando profissionais sensíveis às necessidades de populações historicamente excluídas”.
A diretora da PFF-UP, Helena Maria Almeida Pasin, ressaltou a via de mão dupla que a parceria proporciona: “Essa experiência contribui para a melhoria da saúde das mulheres privadas de liberdade e, ao mesmo tempo, serve como valioso aprendizado para futuros profissionais de saúde. A iniciativa reforça o compromisso da UNILA em formar profissionais com visão crítica e humanizada, capazes de atuar em contextos desafiadores e promover equidade no acesso à saúde”.
“Esta vivência nos faz compreender, na prática, o papel social do médico. Cuidar da saúde dessas mulheres é promover dignidade e garantir um direito básico que muitas vezes é negado. Em um espaço de tanta invisibilidade, aprendi que exercer a medicina é também exercer cidadania e devolver esperança’, relatou uma das acadêmicas participantes do projeto, Luã Val.