A Polícia Penal do Paraná (PPPR) realizou a inauguração de um espaço multifuncional na Casa de Custódia de Maringá. O local, que passou por readequação estrutural, onde antes havia apenas um depósito de lixo, representa agora o compromisso coletivo com a dignidade humana e a criação de oportunidades dentro do sistema penitenciário.

A coordenação geral do projeto e sua execução ficaram sob responsabilidade da chefia de segurança da Casa de Custódia de Maringá, que mobilizou servidores e custodiados para transformar o local. A equipe organizou as etapas, alinhou o planejamento com a direção e apresentou a proposta ao Conselho da Comunidade de Maringá, presidido por Ruth Tesche, que acolheu prontamente a iniciativa. Custodiados desempenharam papel central nas obras e readequações, aplicando habilidades em alvenaria, carpintaria, serralheria e elétrica.

“Esse ambiente simboliza a união de esforços para ofertar dignidade, educação e novas possibilidades de futuro. É uma conquista que reforça nosso compromisso com uma gestão humana, eficiente e voltada à transformação social”, afirmou o coordenador da Polícia Penal do Paraná em Maringá, Júlio César Vicente Franco.

O diretor da Casa de Custódia, policial penal Ronaldo Guerra, destacou que a unidade tem intensificado políticas de reinserção ao meio social pautadas na educação. “O foco atual é promover uma reintegração social real, baseada na educação que transforma. Os resultados já são visíveis. Só no último mês, mais de 825 PPL concluíram cursos profissionalizantes, atividades escolares e resenhas”, disse.

Durante a cerimônia, o policial penal Marco Aurélio Menegildo usou a metáfora “do lixo ao luxo”, reforçando que a transformação física daquele ambiente também simboliza mudanças possíveis na vida dos custodiados. “O novo espaço representa mais do que uma obra concluída. Simboliza um renascimento de possibilidades. Com apoio, visão e união, é possível reconstruir caminhos e ressignificar histórias”, afirmou.

Durante o descerramento da placa inaugural, Ruth Tesche reforçou que os custodiados não devem ser reduzidos a rótulos. “Para Deus, não existe diferença entre pecados e deixar de amar o próximo também é uma falha”, declarou Ruth. Ela também incentiva os apenados a deixarem o passado para trás, sonharem alto e permitirem que a transformação aconteça.

A cerimônia também contou com a apresentação musical de uma banda formada por seis pessoas privadas de liberdade, que se apresentou ao longo de toda a entrega do novo espaço. O conhecimento sobre música e o desenvolvimento de habilidades com instrumentos musicais reforçam o papel da arte como ferramenta de motivação e transformação dentro do sistema prisional.