A Polícia Penal do Paraná (PPPR) participou da Operação Integrada Diakopi II, realizada entre os dias 21 e 23 deste mês, nas cidades de Londrina, Rolândia e Apucarana, na região norte do Paraná, envolvendo também as polícias Civil e Militar. A operação teve foco no combate às organizações criminosas e aos crimes transfronteiriços nas regiões do interior do estado.

O termo “Diakopi”, que significa “interromper”, foi escolhido por refletir seu principal objetivo: identificar e interromper ações criminosas, com base em análises estatísticas e de inteligência, desarticular organizações criminosas e identificar indivíduos envolvidos com atividades ilícitas na região.

“O objetivo é atuar nas áreas onde existe o maior número de ocorrências. Operações como essa, os investimentos do governo, a integração das polícias, alinhado ao trabalho com inteligência, tem feito com que os nossos números tenham reduções recordes ao longo desses dez anos. E esse é um dos anos em que as polícias mais reduziram os índices, salvando cidadãos paranaenses”, afirmou o secretário da Segurança Pública do Paraná, Coronel Hudson Leôncio Teixeira.

Os trabalhos desenvolvidos pelos policiais penais nesta ação foram coordenados pela Divisão de Operações de Segurança (DOS) e contaram com servidores lotados no Setor de Operações Especiais (SOE), Setor de Operações Táticas (SOT) e Divisão de Monitoramento Eletrônico (DME)

As atividades tiveram como objetivo o cumprimento de mandados de prisão em desfavor de indivíduos monitorados eletronicamente, com histórico de reincidência ou descumprimento de medidas judiciais, além da intensificação da fiscalização de medidas cautelares aplicadas a monitorados com tornozeleira eletrônica e realização de revistas gerais e estruturais em unidades prisionais da região, visando a manutenção da ordem e da disciplina, prevenção de incidentes e apreensão de materiais ilícitos.

“A Operação Diakopi II intensificou a fiscalização dos monitorados com tornozeleira eletrônica que estavam descumprindo regras. Quando há infração intencional, informamos o Judiciário, que pode revogar a medida. Se expedido mandado, fazemos a prisão e encaminhamos o custodiado à cadeia pública. Também prestamos atendimento social com a unidade móvel, alcançando monitorados em locais sem posto fixo. Identificados em vulnerabilidade, são encaminhados ao Nupem, que oferece apoio e reintegração. Esse trabalho conjunto tem reduzido significativamente os casos de descumprimento”, explicou o chefe da Divisão de Monitoração Eletrônica da Polícia Penal do Paraná, Cláudio Xavier.

As equipes iniciaram a operação na madrugada de quarta-feira (21) com mobilização por pontos estratégicos de Londrina, efetuando cumprimentos de mandados judiciais, nos quais uma mulher e um homem monitorados eletronicamente foram conduzidos ao sistema prisional. Na mesma data, foi realizada uma revista geral e estrutural nas dependências da Cadeia Pública de Apucarana. Para estas vistorias, a Polícia Penal contou com efetivo de 15 policiais penais e 10 monitores de ressocialização prisional (MRP). Foram 78 pessoas privadas de liberdade movimentadas para as revistas pessoais e estruturais. Ainda na quarta-feira, a equipe da DME atuou com unidade móvel, realizando 9 ações de fiscalização e atendimentos previamente agendados com monitorados eletronicamente.

Na quinta-feira (22), a operação foi desenvolvida na Penitenciária Estadual de Londrina I (PEL I) e revistas minuciosas contaram com o trabalho de 24 policiais penais e 20 monitores de ressocialização prisional. Foram movimentadas 79 pessoas privadas de liberdade para as vistorias nos cubículos e galerias, não sendo constatada nenhuma anormalidade estrutural. Já as equipes da DME efetuaram 5 fiscalizações em campo com monitorados e também cumpriram 3 mandados de prisão expedidos pela Justiça.

Na sexta-feira (23), a operação passou pela cidade de Rolândia e culminou com revista geral na Cadeia Pública, contando com efetivo de 12 policiais penais e 7 monitores de ressocialização prisional. Foram movimentados 152 custodiados para as inspeções estruturais e pessoais. Simultaneamente, as equipes da Divisão de Monitoramento Eletrônico efetuaram 9 fiscalizações, mas não houve registro de cumprimento de mandado de prisão nesta data.

“Essa operação teve como objetivo principal intensificar ações de segurança, com foco no cumprimento de mandados de prisão e na fiscalização de indivíduos monitorados eletronicamente, além de realizar revistas estruturais. A atuação integrada, o apoio do SOE e SOT e o empenho das equipes foram decisivos para o sucesso da operação. Demonstramos, mais uma vez, que o planejamento estratégico e o comprometimento das nossas equipes são fundamentais para a manutenção da ordem pública e a eficácia do sistema prisional”, destacou o chefe da Divisão de Operações e Segurança da PPPR, Sidnei Geraldino.

As quatro pessoas monitoradas detidas com mandados em aberto durante a Operação Diakopi II foram conduzidas novamente para o sistema prisional, enquanto que 26 monitorados foram advertidos por algum tipo de descumprimento em relação às regras impostas para o uso de tornozeleira eletrônica.