Parceria disponibiliza mão de obra penal para atuar nas Ceasas, no Paraná 29/01/2022 - 18:02

A Central de Abastecimento do Estado do Paraná (Ceasa), por meio de uma parceria com o Departamento de Polícia Penal (Deppen), conta com mão de obra penal para separação e destinação de alimentos que a princípio seriam jogados fora, mas que ainda estão em boas condições de consumo. Estes mantimentos são entregues às instituições cadastradas como hospitais públicos e famílias em situação de insegurança alimentar. Atualmente, no Estado do Paraná há 52 presos trabalhando em três unidades da Ceasa, 34 deles em Curitiba, 11 em Londrina e 7 em Maringá.

Para serem aplicados na atividade, os presos são avaliados pelo Complexo Social e, com a supervisão de um profissional do Deppen, eles são direcionados ao trabalho na Ceasa para fazer a separação dos alimentos que serão reaproveitados. Para o chefe do Setor de Produção e Desenvolvimento do Deppen (Seprod), Boanerges Silvestre Boeno Filho, esta é uma oportunidade tanto para os presos quantos para a Ceasa

“É uma boa alternativa para a Ceasa, pois com a contratação de mão de obra prisional, fazem o trabalho de separação dos alimentos direcionando os que serão distribuídos para famílias de baixa renda, e tudo isso por um custo bem pequeno. Já para os presos, é uma oportunidade de reinserção”, disse. Boanerges explica ainda que os presos que podem participar deste trabalho são os monitorados por tornozeleira eletrônica.

Os presos que trabalham são remunerados com um salário mínimo, tendo também cestas de alimentos a sua disposição, para consumo próprios ou por suas famílias. A utilização de mão de obra penal esta prevista na lei de execução penal nº7.210 Art. 29. Os monitorados que trabalham na Ceasa recebem além do salário, vale transporte e vale alimentação.

Em todas as Centrais da Ceasa há um profissional nutricionista que acompanha o projeto Banco de Alimentos com o objetivo de prevenir possíveis doenças e preservar o alimento saudável. Portanto, esta separação é supervisionada.

O chefe do Seprod relata que diversas famílias são beneficiadas com a distribuição de alimentos. “Através deste trabalho grupos mais carentes conseguem adquirir o alimento diariamente e, com isso, podemos ter a esperança de amenizar a situação de algumas famílias que vivem em estado de extrema pobreza.”

Em todo o Estado são, no total, 50 presos com o projeto Banco de Alimentos e a expectativa do Seprod para 2022 é duplicar este número, inserindo o trabalho em Cascavel e Foz do Iguaçu e, aumentando a utilização da mão de obra prisional nas demais unidades paranaenses.