Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu viabiliza projetos para cursos de graduação e trabalho às presas da unidade 01/02/2022 - 13:32

A Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu Unidade de Progressão (PFF-UP) têm disponibilizado meios para a ressocialização das presas, como trabalho e estudo durante o cumprimento da pena. Nesta segunda-feira (31/01), dez presas que foram aprovadas no vestibular aplicado na própria unidade iniciaram suas graduações nos cursos de Pedagogia e Serviço Social, na modalidade de Ensino à Distância.

A diretora da PFF UP, Cláudia Grignet Souto, conta que, por tratar-se de uma unidade de progressão, a gestão sempre está buscando novas alternativas para gerar oportunidades para as presas que querem mudanças. As bolsas de estudo para os cursos de graduação foram adquiridas através dos esforços do DEPPEN em parceria com a universidade Fanduca e o projeto Universal nos Presídios (UNP).

“Conseguimos, agora, aplicar um vestibular para 30 presas da unidade, no qual 10 foram aprovadas para iniciarem sua graduação nesta segunda-feira. Com isso, também notamos que outras detentas se animaram para finalizar os estudos do ensino médio, com o objetivo de seguir o mesmo caminho de profissionalização”, conta a diretora.

De acordo com a diretora, no dia 12 de janeiro deste ano, foi aplicado o primeiro vestibular na unidade para 30 presas. Das que foram aprovadas, seis iniciam sua graduação no curso de Pedagogia e as outras quatro em Serviço Social. As presas farão o curso inteiramente online, no laboratório de informática da penitenciária feminina de Foz do Iguaçu.

TRABALHO – O Departamento de Polícia Penal também tem desenvolvido convênios com o poder público e com empresas privadas para oferecer chance de trabalho e remição de pena aos presos. Da Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu, por exemplo, 10 presas trabalham na produção de fraldas para a prefeitura da cidade, após o firmamento de um convênio para uso de sua mão de obra.

“No projeto, a prefeitura disponibiliza a máquina e os insumos para a produção dos materiais e, supervisionadas, as presas ficam com a parte da mão de obra. A partir desse trabalho, elas ganham um salário mínimo mensal, do qual 25% vai para o Fundo Penitenciário enquanto que o restante vai para a própria presa e sua família, se assim for acordado”, conta Cláudia.

Em outro projeto, para uma empresa de alimentação, 14 presas da PFF UP preparam café e saladas que são distribuídas para todas as unidades penais em Foz do Iguaçu. A penitenciária também está em tratativas para firmar um convênio com outra empresa privada para auxílio na recuperação de latas de tinta usadas, a fim de diminuir os custos para a produção de novas ao mesmo tempo que preserva o meio ambiente com menos descarte de lixo.

“Além do salário, o trabalho também serve para diminuir a pena, pois três dias trabalhados resultam em um dia a menos na prisão. O trabalho ajuda, ainda, no retorno das presas para o mercado de trabalho, pois elas acabam desenvolvendo habilidades após o cumprimento da pena”, explica a diretora da unidade.