A Polícia Penal do Paraná (PPPR) está participando da Semana Cultural do Centro Universitário Campo Real, em Laranjeiras do Sul, entre os dias 27 e 31 de outubro, com uma exposição especial de telas e artesanatos produzidos por pessoas privadas de liberdade da Cadeia Pública de Laranjeiras do Sul, a convite da instituição de ensino.

A mostra integra a programação do evento acadêmico e tem como objetivo aproximar o público universitário e a comunidade em geral do trabalho de reintegração social desenvolvido nas unidades penais, evidenciando o potencial artístico e humano das pessoas privadas de liberdade.

De acordo com a policial penal Abilene Stefanoski, participar da Semana Cultural representa uma oportunidade de diálogo entre o sistema prisional e o meio acadêmico, valorizando as ações de reabilitação e reintegração social promovidas pela PPPR. “Este projeto nasceu da vontade de mostrar à sociedade que, mesmo dentro do ambiente prisional, é possível transformar vidas por meio da arte. Cada tela e cada peça exposta carregam histórias, sentimentos e o esforço das pessoas privadas de liberdade que encontraram na produção artística uma nova forma de expressar-se e de reconstruir sua trajetória e levar essas obras para espaços como a Semana Cultural da Campo Real, permitindo que o público conheça esse lado humano e produtivo do sistema prisional paranaense. Nosso objetivo é continuar ampliando essas ações, mostrando que a arte é uma ferramenta poderosa de reinserção social, aprendizado e reconexão com a sociedade”, explicou.

O diretor-geral do Campus de Laranjeiras do Sul do Campo Real, Atílio Matozzo, destacou que: “A mostra representa não apenas a expressão artística desses indivíduos que estão em privação de liberdade, mas também um importante instrumento de reintegração ao meio social, inclusão e reconhecimento do potencial humano por meio da arte. A parceria entre o Campo Real e a Polícia Penal, assim como o apoio de artistas, entidades culturais e instituições locais, evidencia o compromisso coletivo com a promoção da cultura como ferramenta de transformação social. Nossa instituição acredita que a arte é um elo entre os diferentes segmentos da comunidade, capaz de sensibilizar, inspirar e gerar pertencimento”, disse.

Os visitantes puderam apreciar um acervo diversificado de obras, resultado das oficinas promovidas dentro da unidade prisional, que buscam incentivar a expressão criativa, a disciplina e a reconstrução de novos projetos de vida.

A exposição foi bem recebida pela comunidade acadêmica, despertando reflexões sobre a importância da arte como instrumento de transformação social e de promoção da cidadania e inclusão.