Polícia Penal do Paraná e Senar promovem Curso de Agricultura Orgânica na Cadeia Pública de Manoel Ribas 11/11/2025 - 16:00
Teve início na Cadeia Pública de Manoel Ribas o Curso de Agricultura Orgânica, realizado pela Polícia Penal do Paraná (PPPR) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR). A capacitação conta com a participação de 15 pessoas privadas de liberdade (PPL) e tem carga horária total de 24 horas, divididas entre aulas teóricas e práticas em uma horta orgânica que foi implantada no interior da unidade prisional.
O curso tem como objetivo promover conhecimento técnico e sustentável, apresentando aos participantes as principais vertentes e sistemas da agricultura orgânica, como a ecológica, natural, biológica, biodinâmica e agroecológica. Durante as aulas, também são abordadas a história, os princípios e as definições dessa modalidade de cultivo, que prioriza o equilíbrio ambiental e a produção de alimentos saudáveis.
Para o gestor da Cadeia Pública de Manoel Ribas, Andermei Juarez Maia Cleve, a realização do curso representa uma oportunidade valiosa para os participantes, pois alia aprendizado técnico com a valorização do trabalho e do meio ambiente. “A parceria com o Senar-PR tem sido fundamental para levar conhecimento de qualidade às PPL, permitindo que elas adquiram novas habilidades e vislumbrem possibilidades de reinserção social e profissional. Além disso, os custodiados recebem certificados e também remição de pena pelo envolvimento no curso, o que reforça o caráter educativo da iniciativa. Ações como essa demonstram que a educação e a qualificação são ferramentas essenciais na construção de um futuro melhor para todos”, explicou.
Os conteúdos incluem orientações para a implantação da agricultura orgânica em propriedades rurais, com destaque para as estratégias de conversão entre sistemas produtivos, a adubação agroecológica e os métodos caseiros de controle de pragas e doenças, por meio do preparo de caldas naturais. A horta orgânica criada pelos participantes agora ocupa um espaço antes ocioso dentro da unidade. O local abriga uma diversidade de hortaliças, ervas e temperos cultivados com zelo e a técnica recém-adquirida pelos alunos. Além de ser um projeto prático, a horta simboliza a capacidade de transformação e ressocialização através do aprendizado.
Instrutor do curso, o engenheiro agronômo André Albanese destacou a importância dos apenados verem essa atividade como uma oportunidade de trabalho futuro: “Durante o desenvolvimento do curso, tanto na teoria como na parte prática, busquei orientá-lo a focar no período pós-carcere, quando já tiverem cumpridas suas penas e voltado para o convívio em sociedade e em como que eles poderão aplicar esse conhecimento dentro da realidade de cada um. O objetivo do curso foi mostrar que eles podem usar aquele conhecimento para produzir hortaliças e frutas para consumo próprio e familiar, visando não apenas reduzir o custo no supermercado, mas também garantir uma alimentação mais saudável. Além, é claro, da possibilidade deles fazerem uma renda com a comercialização destes produtos”, afirmou.





















