Polícia Penal do Paraná promove casamento coletivo na Cadeia Pública de Jacarezinho 03/12/2025 - 13:11
A Polícia Penal do Paraná (PPPR) realizou nesta segunda-feira (1º) um casamento coletivo na Cadeia Pública de Jacarezinho, unindo civilmente seis homens privados de liberdade e suas respectivas noivas. A ação foi possível graças a uma parceria entre a PPPR, o Poder Judiciário e a Prefeitura de Jacarezinho, fortalecendo iniciativas de reinserção social dentro do sistema prisional.
O juiz da Vara Criminal da Comarca de Jacarezinho, Dr. Renato Garcia, destacou o papel transformador da cerimônia no processo de retorno dos custodiados ao convívio em sociedade. “A pena privativa de liberdade busca não apenas punir, mas também reeducar e preparar o indivíduo para o retorno ao convívio social, respeitando normas e valores. O sucesso desse retorno depende de como a sociedade recebe o egresso. A iniciativa do casamento comunitário dentro do cárcere é a garantia de que, quando chegar a hora, o indivíduo terá uma nova motivação para integrar a sociedade e deixar a criminalidade”, afirmou.
A cerimônia foi presidida pela juíza de direito do Juizado Especial Cível, Criminal e da Fazenda Pública da Comarca de Jacarezinho, Joana Tonetti Biazus, que ressaltou o impacto do momento para os casais e para a política de reintegração social. “Todos nós pudemos ver e sentir que o casamento serviu para os homens ali privados de liberdade expressarem de forma concreta o desejo de mudar, com o amparo da mulher que, a partir daquele momento, seria sua esposa. Poder oferecer àqueles casais, que já estavam em união estável, o direito de regularizarem a sua situação e se casarem no civil só fortalece o nosso desejo de mudar vidas e promover a reintegração social”, destacou.
O chefe de Cadeias Públicas da regional administrativa da PPPR em Londrina, João Vitor Silveira de Oliveira, reforçou a importância da iniciativa no fortalecimento dos vínculos familiares e no tratamento penal humanizado. “O casamento dentro da unidade prisional vai além dos muros e grades. Não é uma simples cerimônia; trata-se de um reconhecimento da afetividade, um fortalecimento do vínculo familiar e uma ferramenta estratégica para o tratamento penal digno, fundamental para o retorno do apenado ao convívio social ao fim da pena”, finalizou.















