Em uma iniciativa de reintegração social e capacitação profissional, a Polícia Penal do Paraná (PPPR), através do Complexo Social de Ponta Grossa e do Núcleo de Atendimento à Pessoa em Monitoração Eletrônica (Nupem), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), realizou o Curso de Artesanato com Produtos Apícolas para pessoas em monitoração eletrônica. O curso aconteceu entre os dias 19 e 21 de maio, oferecendo uma nova perspectiva de renda e autonomia para os participantes.

Este curso é uma iniciativa que une sustentabilidade, valorização dos produtos das abelhas e geração de renda. Ao longo do curso, os participantes puderam vivenciar momentos de muito aprendizado e prática, desenvolvendo produtos artesanais com alto valor agregado e apelo comercial. Durante os três dias de capacitação, as mulheres aprenderam técnicas de manipulação e beneficiamento do mel e seus derivados, incluindo a produção de cosméticos e outros itens artesanais à base de produtos apícolas. A iniciativa visa proporcionar conhecimentos práticos que facilitem a inserção ou reinserção no mercado de trabalho, contribuindo para a redução da reincidência criminal. Nessa primeira turma, 2 homens e 6 mulheres foram capacitados, mas o objetivo é a ampliação contínua desses números.

“Para nós, é fundamental ir além da monitoração. Ao capacitá-los e oferecer novas habilidades profissionais, estamos dando a essas pessoas a chance real de construir um futuro autônomo e transformador”, afirmou Renata da Rocha Frota, coordenadora do Complexo Social de Ponta Grossa, que atua na gestão e acompanhamento de pessoas em monitoração eletrônica.

Silmara Carneiro e Silva, professora associada do Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e coordenadora pedagógica da área de Serviço Social do Nupem de Ponta Grossa, destacou: “É com grande satisfação que o Nupem celebra essa parceria fundamental com o Senar, através do Curso de Artesanato com Produtos Apícolas. Essa iniciativa vai muito além do aprendizado de técnicas: ela oferece aos participantes, que estão sob monitoração eletrônica, a chance de gerar renda e promover sua promoção humana e social”, disse.

A parceria com o Senar foi essencial para a realização do curso, garantindo a expertise técnica e a infraestrutura necessárias para o aprendizado. O Senar, conhecido por sua atuação na formação profissional rural, trouxe a instrutora Andressa Damin, que com generosidade compartilhou conhecimentos teóricos e práticos com os participantes. “É com muita satisfação que celebramos mais um passo importante na parceria entre o Sindicato Rural de Ponta Grossa, por meio do Senar, e a PPPR por meio do Complexo Social. Essa união tem proporcionado oportunidades reais de transformação social, dignidade e desenvolvimento pessoal, e o curso que realizamos nestes três dias é uma prova viva disso. Mais do que ensinar técnicas, nosso objetivo foi capacitar para a vida. Cada item produzido aqui é, também, uma oportunidade de geração de renda, de autonomia financeira e de um futuro mais promissor para cada participante. Agradeço imensamente ao Complexo Social por acreditar nessa parceria. A realização deste curso é prova de que, quando somamos esforços, podemos construir caminhos de ressocialização e cidadania”, enfatizou Andressa.

Mais do que meras ocupações, essas ferramentas restauram a dignidade, promovem o desenvolvimento de novas habilidades e, consequentemente, abrem um leque de perspectivas de futuro capazes de romper com a criminalidade, permitindo que cada uma dessas pessoas reescreva sua história e possa contribuir positivamente para a sociedade.