Polícia Penal oferta curso de Operador de Computadores para custodiados de Maringá 15/09/2023 - 11:46

Ter conhecimento na área de informática é fundamental. Diante disso, a Polícia Penal do Paraná (PPPR) oferece mais um curso profissionalizante de Operador de Computador com aulas teóricas e práticas a custodiados do Complexo Penitenciário de Maringá, no Noroeste do Paraná. O grupo de 15 pessoas privadas de liberdade (PPL) da Colônia Penal Industrial de Maringá (CPIM) foi previamente selecionado.

Os cursos de qualificação profissional oferecidos no sistema prisional do Paraná têm a parceria da Secretaria Estadual da Educação e são ministrados pela W. L. Pires Treinamentos, empresa de formação de mão de obra que mantém contrato com a Secretaria da Segurança Pública.

Durante o curso de 160 horas/aula, que teve início no dia 8 de setembro e segue até esta quinta-feira, dia 14, os alunos estão aprendendo desde a ligar o computador, ter conhecimento de componentes periféricos (hardwares), bem como vão aprender noções básicas dos sistemas operacionais (softwares), com muita aula prática. A capacitação vai preparar os internos para o mercado de trabalho.

“Esse curso básico tem um significado muito importante para a pessoa reclusa, pois muitos apenados não sabem sequer ligar um computador, não tem ideia do que é internet, por exemplo. Este curso deve ensinar os passos básicos para que a pessoa consiga acessar programas, operar estes equipamentos, utilizar ferramentas que serão úteis na busca por emprego em um futuro próximo. Isso tende a ajudar a estas pessoas a estarem melhores preparadas para o mercado de trabalho e também para estudos”, enfatiza o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Osvaldo Messias Machado.

Os custodiados estão no regime de Unidade de Progressão (UP), por isso assistem às aulas à noite. Eles fazem parte da primeira turma desse curso de Informática na unidade. No laboratório especialmente montado para as aulas, os detentos contam com computadores para se capacitar. Os internos somam as aulas de Informática à rotina de trabalho que realizam durante o dia e aos estudos também. E, além do aprendizado, eles recebem remição da pena, conforme estabelece a Lei de Execução Penal.

Para a maioria deles, o curso é a primeira oportunidade de manusear um computador. “Estou focado na ressocialização. Como tenho intenção de fazer uma faculdade quando sair, esse curso vai me ajudar. Eu quero mudar de vida e não cometer mais erros. Então estou aproveitando todos os cursos e trabalhos que estão me oferecendo”, afirma um dos custodiados.

Ministrado pelo professor André Alécio Pereira, o curso de informática vai dar conhecimentos necessários para o manuseio de um computador e suas funcionalidades. Para ele, aprender sobre softwares básicos, além de grande chance de conseguir trabalho, ajuda ainda o interno a usar o conhecimento para benefício próprio, como projetos pessoais. “Os alunos estão bastante empenhados. Mesmo aqueles que já tinham um conhecimento prévio se mostram interessados em aprender mais”, finaliza ele.

A pedagoga da unidade, Ivani Jolio, diz que o curso foi muito aguardado. “É gratificante termos esse curso na unidade. E essa atividade em especial, operador de computadores, é o primeiro que estamos aplicando na Unidade e trouxe bastante expectativa entre a direção, a parte pedagógica e a busca por um profissional que atendesse a ansiedade dos cursistas. E o professor veio de encontro. Os alunos estão gostando, se manifestam que estão aprendendo. Eles estão se superando. E toda a equipe está feliz por estar ofertando algo diferente do que oferecia até então”, reforça a pedagoga.

O diretor em exercício da unidade penal, Vitor Tadeu Scaramella, diz que os cursos são uma forma de trabalhar a ressocialização das pessoas privadas de liberdade e garantir uma vaga no concorrido mercado de trabalho. “Essas pessoas precisam ter aprendizado e formação profissional para quando chegarem lá fora saber onde se encaixar novamente. O curso de operador de computador é apenas uma das oportunidades oferecidas na CPIM aos internos. Todos os meses, nossos custodiados estão envolvidos em alguma atividade educacional ou profissional”, finaliza.