A Etapa Sul da II Conferência Nacional da Polícia Penal foi realizada nesta terça-feira (11), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), em Curitiba, reunindo policiais penais, lideranças sindicais, parlamentares e representantes do governo para discutir os rumos e desafios da categoria em todo o país. Após a abertura oficial da Conferência, houve um momento de debate com a realização da mesa “A luta nacional dos policiais penais e o reflexo nos Estados.” O evento foi organizado pelo Sindicato dos Policiais Penais do Paraná (Sindarspen), Associação dos Policiais Penais do Brasil (Ageppen-Brasil) e a Polícia Penal do Paraná (PPPR).

A diretora-geral da PPPR, Ananda Chalegre, destacou que o evento acontece no mesmo dia de uma conquista importante, com a nomeação de 429 novos policiais penais. “A alegria de estar aqui hoje participando dessa conferência, que coincidentemente acontece num dia histórico para nossa Polícia Penal. Hoje tivemos a solenidade de posse dos novos policiais penais do Estado do Paraná. A gente sabe da importância de concretizar isso. Inicialmente, nós tínhamos autorização para a contratação de sete policiais, e com a ajuda de muitas pessoas conseguimos essa ampliação”, disse.

O diretor-adjunto da PPPR, Maurício Ferracini, destacou a evolução da instituição. “No ano de 2011, tínhamos 24 unidades penais, 14.248 custodiados e 3.242 agentes penitenciários. Não fazíamos escolta, nem intervenção, nem gestão de grandes estruturas. Hoje, em 2025, chegamos a 42 mil custodiados e quase 19 mil tornozeleiras eletrônicas. São mais de 60 mil pessoas se relacionando com o sistema”, citou Maurício.

O deputado Hussein Bakri, responsável por receber o evento na ALEP, destacou a importância da consolidação da carreira. “Com a criação da Polícia Penal, o Estado ganhou uma estrutura moderna e organizada, que devolve à Polícia Civil e à Militar suas funções originais e traz mais segurança aos paranaenses. Foi um avanço histórico que reconhece o trabalho árduo desses profissionais que mantêm a ordem dentro dos presídios”, afirmou.

A presidente do Sindarspen, Vanderleia Leite, reiterou o protagonismo da instituição na conquista do reconhecimento constitucional da categoria e apontou novos desafios que precisam ser enfrentados em nível nacional. “A Polícia Penal é resultado de uma longa construção coletiva dos sindicatos de todo o país. No Paraná, tivemos conquistas importantes, como a inclusão da carreira na Constituição Estadual. Agora, seguimos mobilizados pela aprovação de uma Lei Geral da Polícia Penal, que unifique regras e garanta direitos, especialmente na área previdenciária”, destacou.

Vanderleia reforçou a qualidade do trabalho da Polícia Penal do Paraná: “Tenho muito orgulho de estar presidente de um sindicato de uma categoria tão aguerrida. A gente pega o histórico de lutas que nós sonhamos um dia e vai fazendo o checklist e vemos o quanto avançamos e mais conquistas virão”, disse.

O presidente da Ageppen-Brasil, Ferdinando Gregório, enalteceu o papel do Paraná na luta nacional pela consolidação da carreira e lembrou que o estado é um dos poucos a instituir oficialmente o Dia do Policial Penal, celebrado em 13 de novembro, por meio da Lei nº 21.189/2022. “Escolhemos o Paraná para sediar esta etapa por tudo o que ele representa na história da Polícia Penal. A nomeação de novos servidores e o reconhecimento da data comemorativa demonstram o compromisso do estado com a valorização dessa categoria essencial para a segurança pública”, afirmou.