Pela primeira vez, a Polícia Penal do Paraná (PPPR) participou do Curso de Negociação em Crises promovido pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Paraná (PMPR). A formatura foi realizada nesta segunda-feira (13), no Quartel do Comando-Geral da PMPR, em Curitiba. O policial penal Rodrigo Almeida Alves, do Setor de Operações Especiais (SOE), representou a instituição e se destacou entre os 23 concluintes, conquistando a segunda melhor nota geral da turma.

Com início em 9 de setembro e carga total de 269 horas-aula, a sétima edição do curso reuniu alunos de diferentes forças de segurança: 18 policiais militares do Paraná, um policial civil, um policial militar de São Paulo, um policial rodoviário federal e um policial de Mendoza, na Argentina.

“Para nós, da Divisão de Operações de Segurança, a formatura do policial penal Rodrigo Almeida Alves representa um marco histórico para a Polícia Penal. A especialização reforça a excelência técnica, as boas práticas operacionais e o aperfeiçoamento profissional, ampliando nossa capacidade de atuação em situações críticas e fortalecendo a integração com as demais forças de segurança”, pontuou o chefe da Divisão de Operações de Segurança, Sidnei de Souza Geraldino. 

Para Sidnei, trata-se de um passo importante no aperfeiçoamento profissional e na integração com as demais forças de segurança, consolidando a PPPR como uma força moderna, estratégica e preparada para atuar com técnica, equilíbrio e responsabilidade.“Registramos nosso reconhecimento e agradecimento ao BOPE e à Companhia de Negociação pela parceria e pela oportunidade de aperfeiçoamento, que reforça os laços institucionais e contribui para o fortalecimento da segurança pública do Estado”, concluiu.

A formação abordou técnicas de gerenciamento e negociação em situações de crise, com disciplinas voltadas à comunicação, psicologia aplicada e estudos de caso de ocorrências reais. Entre os temas, estiveram a negociação com pessoas privadas de liberdade, com indivíduos em sofrimento psíquico, tentativas de suicídio e situações com reféns ou criminosos armados. O treinamento também incluiu instruções sobre as alternativas táticas do gerenciamento de crises, como atuação de grupos de intervenção, atiradores de precisão e esquadrões antibombas.

De acordo com Almeida, a experiência amplia o conhecimento técnico da Polícia Penal na área de resolução de crises. “A ideia é que a instituição avance na criação de equipes especializadas, com foco em negociação, atiradores de precisão e explosivistas, para que futuramente possa atuar de forma autônoma nesses cenários”, destacou o policial.

“O curso foi extremamente técnico e com um nível de exigência muito alto. Tivemos instruções com profissionais que são referência na área de negociação em crises, tanto no Paraná quanto no Brasil — instrutores que, inclusive, desenvolveram a doutrina de negociação em crises utilizada como modelo em diversos cursos no país”, complementou.