Privados de liberdade participam de eventos sobre autoconhecimento e espiritualidade em Francisco Beltrão 06/11/2025 - 15:08

Neste sábado (1º), cerca de 170 mulheres privadas de liberdade custodiadas nas cadeias públicas de Francisco Beltrão e de Dois Vizinhos, no sudoeste do estado, participaram de maneira remota do Encontro Plenitude, voltado ao autoconhecimento e à espiritualidade feminina que visa inspirar momentos de cura emocional, fortalecimento espiritual e renovação da fé, fomentando o crescimento feminino e proporcionando conexões. O evento foi promovido pela Polícia Penal do Paraná (PPPR) em parceria com a escola de negócios Febracis, que também aplica o Método CIS (Coaching Integral Sistêmico) no sistema penitenciário.

“Uma atividade extensa durante todo o dia, mas que foi muito produtiva. O evento foi elogiado pelas mulheres privadas de liberdade que participaram. Nossa equipe organizou este momento diferente, com ações importantes de autoconhecimento, autoajuda, levando uma palavra de alento para essas pessoas a fim de proporcionar uma mudança positiva de vida, mesmo em ambiente prisional”, explicou o coordenador regional da PPPR em Francisco Beltrão, Antônio Marcos Camargo de Andrade.

Este foi o terceiro encontro do gênero na regional administrativa da PPPR em Francisco Beltrão, sendo que nos outros dois momentos – em setembro e outubro de 2025 - homens privados de liberdade custodiados na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão (PEFB) e gestores das cadeias públicas pertencentes à regional tiveram a oportunidade de cursar o Método CIS, como ferramenta de transformação de vida.

“O Método CIS é uma imersão de três dias e que já foi realizado duas vezes na PEFB e foi estendido aos policiais penais e demais servidores, logrando muito sucesso. A Conferência Plenitude também foi ofertada na unidade penal pelo Paulo Vieira e Camila Vieira, que aplicam o Método CIS. Esta conferência, exclusiva para mulheres, foi realizada na cidade de Fortaleza e foi assistida à distância pelas custodiadas e policiais penais em Francisco Beltrão. Nela foram tratados assuntos referentes as questões de autorresponsabilidade, do perdão, da conscientização dos erros, das falhas, a gratidão, entre outros assuntos. Foi uma verdadeira transformação de pensamento, de agir, voltado especialmente sobre a questão da inteligência emocional, unindo razão e emoção para que a pessoa possa evoluir, tendo uma liberdade de consciência, de ação e de pensamento, mesmo estando privadas de liberdade”, explicou a juíza da VEP, Divângela Precoma Moreira Kuligowski.

“Tivemos a adesão muito boa dos gestores das cadeias públicas para que essas mulheres pudessem participar. Isso é uma semente plantada em busca de novos caminhos, para que essas pessoas possam se desenvolver espiritualmente e buscar ações conscientes, uma mudança de mentalidade. Espero que elas sejam capazes de se reinventarem, de reconstruírem novas trajetórias, novos objetivos, para que novas oportunidades surjam na vida delas e tragam bons resultados para toda a sociedade. A finalidade do projeto é o preparo dessas mulheres, para que elas voltem a conviver em sociedade”, afirmou a magistrada.

“O intuito é levar transformação para a vida destas pessoas para diminuir a reincidência criminal”, explicou a policial penal Hortência Medeiros, membro da equipe de reintegração social da PEFB. “Temos ouvido dos próprios custodiados que, se eles tivessem conhecido estes métodos antes de entrarem para o sistema prisional, não teriam cometido os atos ilícitos, conforme afirmam categoricamente. Ouvindo esses testemunhos, acreditamos que estamos levando o melhor conteúdo para essas pessoas para uma transformação que elas tanto precisam e, assim, pomos em prática a reintegração social”, completou.

Um dos custodiados que participou do Método CIS na PEFB falou da mudança espiritual e de paradigmas. “Eu já tinha uma noção sobre o que era este curso, pois minha filha já realizou o Método CIS em razão do trabalho dela, porém eu não havia compreendido sua real importância. Quem ainda não fez, que busque fazê-lo pois para mim foi transformador e mexeu com a minha mente, sendo uma ferramenta muito importante para quem quer buscar melhores rumos na vida”, disse.

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