A Colônia Penal Industrial de Maringá (CPIM), em parceria com a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (Semulher) e com organização do setor pedagógico da unidade, promoveu na tarde desta quarta-feira (22) mais uma edição do projeto “Mulheres em Cena”, que levou o clássico cinematográfico “Um Sonho de Liberdade” para as pessoas privadas de liberdade da unidade prisional.

A exibição foi conduzida pela gestora de eventos da Semulher, Rafaela Teixeira, e pela gerente de Políticas Gerais, Silvia Fenato, que acompanharam o grupo durante a atividade. O projeto tem como objetivo utilizar o cinema como ferramenta de reflexão e transformação, incentivando o diálogo sobre temas relevantes para o desenvolvimento pessoal e social das participantes.

Após a sessão, foi promovida uma roda de conversa sobre os principais temas abordados no longa, como a diferença entre prisão física e prisão mental, o valor da paciência e da disciplina, a importância da esperança, o poder do conhecimento, o perdão e o arrependimento.

Para o coordenador em exercício da regional administrativa da PPPR em Maringá, Paulo Rafael Marques, iniciativas assim têm um impacto positivo para os custodiados. “Parcerias como essa fortalecem o trabalho da Polícia Penal e mostram que a reintegração social depende de ações contínuas e humanas. É um passo importante para que cada pessoa em cumprimento de pena possa reconstruir sua história com dignidade”, destacou.

O diretor da CPIM, Silvino Molina de Sousa, ressaltou que o projeto representa um importante instrumento de reinserção social. “Essas atividades são fundamentais porque mostram que a transformação é possível. O cinema, a arte e o diálogo ajudam as pessoas privadas de liberdade a enxergarem novas perspectivas e a refletirem sobre suas escolhas e valores”, disse Molina.

A gerente de Políticas Gerais da Semulher, Silvia Fenato, destacou que o debate é o ponto mais importante da ação. “Nosso propósito é despertar a reflexão por meio da arte. Quando uma pessoa privada de liberdade se identifica com uma história de superação, ela começa a enxergar novas possibilidades para o futuro. É um exercício de autoconhecimento e esperança”, afirmou.

A pedagoga da CPIM, Ivani Jolio, enfatizou a importância do projeto no processo educativo e emocional dos participantes. “O cinema é uma ferramenta poderosa de aprendizagem. Cada filme desperta sentimentos, reflexões e valores que contribuem para o crescimento pessoal e para a reconstrução do olhar sobre a vida e o futuro”, afirmou.

A expectativa dos organizadores é que o projeto “Mulheres em Cena” seja ampliado e levado também para as cadeias públicas femininas que fazem parte da regional da Polícia Penal de Maringá, levando arte, reflexão e oportunidades de transformação também para as mulheres privadas de liberdade.