Projeto “Tecendo o Bem” promove exposição de trabalhos artísticos de custodiados em Foz do Iguaçu 23/10/2025 - 17:14
Foi realizada, entre segunda (20) e quinta-feira (23), a exposição “Expressões da Liberdade” com trabalhos produzidos por pessoas privadas de liberdade (PPL) de unidades prisionais de Foz do Iguaçu, no oeste do estado. A mostra é parte do projeto “Tecendo o Bem”, que integra a Polícia Penal do Paraná (PPPR), a Vara de Execuções Penais e o Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu.
Durante a exposição, foram apresentados artesanatos produzidos por PPL da Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu – Unidade de Progressão (PFF-UP) e da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu III – Unidade de Progressão (PEF III-UP). O evento foi realizado no Centro Universitário Descomplica UniAmérica, que cedeu o espaço para que a comunidade tivesse acesso à mostra. Estiveram presentes cinco custodiados, representantes de ambas as unidades, que puderam acompanhar a exposição e compartilhar suas experiências com o público.
Os trabalhos expostos fazem parte do projeto Tecendo o Bem, uma iniciativa de reinserção social que há 3 anos proporciona aos internos das unidades prisionais de Foz do Iguaçu a oportunidade de aprender e criar, por meio do trabalho artesanal, a confecção de amigurumis. O projeto foi reconhecido pelo Selo Sesi ODS, sendo um exemplo de colaboração entre a comunidade e a PPPR, trazendo impactos positivos dentro e fora dos presídios.
O coordenador regional da PPPR em Foz do Iguaçu, Cássio Rodrigo Pompeo, ressaltou a importância da parceria institucional: “A união entre a Polícia Penal, o Conselho da Comunidade e o Poder Judiciário é fundamental para que projetos como o ‘Tecendo o Bem’ possam existir e crescer. Essa integração mostra que, quando diferentes instituições se unem em prol da reintegração social, os resultados aparecem tanto para os custodiados quanto para a sociedade”, destacou.
A Juíza de Direito da Vara de Execuções Penais de Foz do Iguaçu, Juliana Arantes Zanin Vieira, destacou o caráter transformador da arte: “É com imensa alegria que mais uma vez a gente se encontra reunidos para algo revolucionário. Essa exposição de arte é um convite à comunidade para conhecer com outros olhos as PPL. A arte permite que você consiga olhar o outro com os olhos da beleza, de transformação que a arte proporciona. A arte dentro do sistema penitenciário funciona como uma ponte de saída, de construção de sonhos, de um futuro melhor, reintegrado na comunidade, de volta com a família, com toda a sociedade. A gente só pode pensar em um futuro melhor se pensarmos como comunidade, que acolhe a todos, que consegue enxergar as pessoas além de seus erros, compreender que só iremos conseguir construir um futuro melhor se todos caminharem juntos”, explicou a magistrada.
“O projeto tem feito diversas ações de doação à comunidade. É um projeto importante que coloca a questão dos canteiros de trabalho dentro das unidades prisionais e a produção desses artesanatos é feita com uma devolutiva à sociedade, como uma questão social”, ressaltou a presidente do Conselho da Comunidade, Juraci Helena Audibert.



















