Na manhã da última quinta-feira (16), a regional administrativa da Polícia Penal do Paraná (PPPR) de Guarapuava esteve presente na sede da Fundação Proteger, atendendo a um convite da procuradora da instituição, Angela Maria Kokuzicki. A visita teve como objetivo conhecer o espaço que passou por uma recente reforma, realizada com o apoio da mão de obra prisional de pessoas privadas de liberdade custodiadas na Penitenciária Estadual de Guarapuava (PEG).

A Fundação Proteger é uma entidade sem fins lucrativos que desenvolve um trabalho essencial voltado ao atendimento de crianças e adolescentes em situação de risco e extremo risco. Com uma equipe multiprofissional formada por psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e educadores, a instituição promove ações e projetos que visam garantir a proteção integral, a assistência e o pleno exercício da cidadania. A atuação dos 10 apenados envolvidos teve início em março deste ano, contribuindo diretamente para tornar o espaço adequado ao atendimento de crianças e adolescentes.

O coordenador regional da PPPR em Guarapuava, Marlon Rafael Picioni, destacou que esse tipo de ação reforça o valor da reintegração social por meio do trabalho, mostrando que cada um pode exercer um papel importante na sociedade, mesmo dentro do sistema prisional, e perceberem que através do seu trabalho proporcionarão um atendimento mais digno e acolhedor para essas crianças. “A PPPR tem um compromisso permanente com a sociedade, e ações como essa reafirmam nosso papel para além dos muros das unidades prisionais. A parceria com a Fundação Proteger é um exemplo claro de como podemos unir esforços em prol do bem comum. O próprio nome da instituição já traduz sua missão e é exatamente isso que ela faz com tanto zelo e dedicação ao atender crianças e adolescentes que necessitam de cuidado e amparo. Para nós, é motivo de grande satisfação ver o trabalho da PPPR contribuindo de forma concreta para esse propósito. A participação de apenados nesta reforma demonstra que, com oportunidade e orientação, é possível transformar vidas e devolver à sociedade resultados positivos. Essa união entre segurança pública e responsabilidade social é um caminho que fortalece a todos”, enfatizou.

O diretor da Penitenciária Estadual de Guarapuava (PEG), Alessandro dos Santos, ressaltou que: “o trabalho realizado na Fundação Proteger tem um significado muito especial para todos nós. Saber que apenados da PEG participaram ativamente da reforma de um espaço que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade traz um sentimento de orgulho e propósito. Eles compreenderam que estavam contribuindo para algo muito maior: um ambiente que oferece cuidado, proteção e novas oportunidades de vida”, disse.

A procuradora da Fundação Proteger, Angela Maria Kokucziki, demonstrou em suas palavras a gratidão pelo trabalho desenvolvido: “Queremos expressar de forma sincera o nosso mais profundo agradecimento por todo apoio, pela parceria que tornaram possível a reforma e a instalação da nova sede da Fundação Proteger. A sensibilidade, a disponibilidade da PPPR em colocar custodiados do sistema prisional na execução destes trabalhos foi fundamental para que esse projeto se concretizasse. O trabalho prestado pelos internos foi primordial. Graças ao empenho, dedicação e comprometimento de cada um deles nós conseguimos reformar um prédio antes desativado transformando em um espaço digno, acolhedor e funcional. Essa colaboração gerou uma grande economia aos cofres públicos permitindo que os recursos poupados possam ser revertidos em outras ações e melhorias voltadas diretamente para o bem estar das crianças e adolescentes acolhidos na Fundação, e hoje é uma enorme alegria apresentar a nova sede com estrutura adequada com espaço pensado para o trabalho das equipes técnicas, para o atendimento humanizado e sigiloso das nossas crianças, adolescentes e famílias”, afirmou.

A parceria reforça a importância da reinserção social e do papel transformador do trabalho para as pessoas privadas de liberdade, demonstrando que a união entre instituições públicas e entidades sociais pode gerar resultados significativos tanto para a comunidade quanto para o sistema prisional.