Segurança pública participa do desfile de Sete de Setembro 08/09/2015 - 21:55

Integrantes das polícias Militar, Civil e Científica, além do Serviço de Operações Especiais (SOE) do Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen), marcaram presença no tradicional Desfile Cívico-Militar de 7 de Setembro, no Centro Cívico, em Curitiba, que teve a participação do governador Beto Richa.

Durante as comemorações pelo Dia da Independência do Brasil, o governador afirmou que a população deve aproveitar a data nacional para avaliar o momento que o País atravessa. “É preciso fortalecer o sentimento de civismo, de patriotismo, o amor e a união dos brasileiros”, afirmou Richa, pouco antes do início do desfile cívico-militar, na Avenida Cândido de Abreu.

Promovido pela 5ª Divisão do Exército, o evento encerrou as comemorações pela Semana da Pátria. Segundo a Polícia Militar, mais de 40 mil pessoas assistiram ao desfile, que teve 2 mil participantes, entre militares das Forças Armadas, representantes da segurança pública estadual, além de escolas municipais e estaduais e entidades civis.

O governador ressaltou que a população tem manifestado nas ruas, de forma pacífica e ordeira, a necessidade de um novo comportamento dos políticos. “Há um desgaste político, a população não suporta mais tantos escândalos, denúncias que não se interrompem nunca. É necessário transparência, combate intransigente à corrupção, ética e respeito”, disse Richa. “A população quer o bom uso dos recursos públicos, com impostos revertidos em obras”.

Richa participou do desfile junto com a secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa; o comandante da 5ª Divisão de Exército, general-de-brigada Luiz Felipe Kraemer Carbonell; do comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Maurício Tortato; do delegado-geral da Polícia Civil, Julio Reis; do diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Hemerson Bertassoni; do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, e demais autoridades civis e militares.

EVIDENCIAR VALORES - O comandante Luiz Felipe Kraemer Carbonell também ressaltou a importância da festa cívica, em especial no momento de crise. “ É uma festa para evidenciar valores da Nação como unidade territorial e de idioma. Gostaríamos que a população aproveitasse a data para levantar a cabeça, porque o País é maior do que as crises”, afirmou.

O comandante-geral da PM, Mauricio Tortato, lembrou que a celebração do Dia da Independência é o momento de cultuar a soberania do País e um dos símbolos disso é a segurança nacional.

Com tropas representativas de todas as unidades da corporação, a Polícia Militar do Paraná, incluindo o Corpo de Bombeiros, marcou a solenidade com a passagem de tropas, viaturas, motos e – o que foi a novidade – até um robô. “Acho que o principal símbolo das comemorações da nossa independência é o povo brasileiro. É uma homenagem em que todas as autoridades constituídas servem à nação que se identifica como povo independente”, ressaltou o comandante-geral da PM.

Para a secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, a celebração é uma manifestação da união dos poderes e da sociedade. “É a demonstração de que vivemos uma democracia”, disse.

Pela Polícia Civil desfilaram os grupos especializados, como o Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) e o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). O delegado-geral da Polícia Civil, Julio Reis, falou sobre o respeito cívico nesta data. “Participar do desfile do Sete de Setembro é uma grande honra, em primeiro lugar uma demonstração de um respeito cívico, um respeito à Pátria. E, em segundo lugar, é uma forma de mostrarmos à sociedade que a nossa instituição é forte e pronta para protegê-la”.

Viaturas do Instituto de Criminalística e Médico-Legal desfilaram na sequência, bem como integrantes da Divisão de Operações Especiais (DOS) do Depen, composta por agentes penitenciários que atuam como primeiro interventor em situações de crise no sistema prisional do Estado.

TRADIÇÃO - Muitas famílias assistiram ao desfile, de quase três horas de duração. Vanderleia Lunardi foi com o marido e o filho, seguindo uma tradição da família. “Quando criança, eu desfilava no interior. Meu marido foi do Exército e também desfilou. Agora estamos trazendo o nosso filho. É importante passar a mensagem de patriotismo, para que ele saiba mais sobre o País”, disse ela. Marx Lunardi, de 11 anos, ao lado dos pais, ficou animado com o que viu. “Queria participar. É bem legal”, definiu. E perguntado se conhecia a frase de D.Pedro I, imortalizada no grito do Ipiranga, mostrou que entende de história: “Independência ou Morte”.

Edit Castilho, de 72 anos, disse que vem todo ano para o desfile. “Amo o Brasil e amo ser patriota. E amo incentivar os mais jovens a vir”, afirmou, enquanto aguardava a apresentação da neta. Para ela, é preciso resgatar o patriotismo. “ Antigamente você chegava na escola e tinha que cantar o hino nacional. Hoje, nesse momento difícil que o País passa, não podemos abandonar o Brasil”, disse.

POLICIAMENTO – Para que o evento ocorresse com tranquilidade, a Polícia Militar montou um grande esquema de segurança, que contou com viaturas, policiamento a pé, policiamento velado e policiamento com motos.

Durante o período em que a região do Centro Cívico foi reservada ao desfile foi registrada uma ocorrência policial e um caso clínico. Antes de começar o desfile, dois rapazes foram flagrados depredando uma estação-tubo em frente ao shopping center da Cândido de Abreu. Eles também estavam com uma pequena quantidade de maconha. Ambos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para que as medidas fossem tomadas.

Em outra situação, uma mulher passou mal e foi atendida pela ambulância do Siate no local.

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