Sudoeste: programa que utiliza mão de obra de apenados em manutenções de escolas recebe novos equipamentos 07/07/2023 - 15:51

O Programa Mãos Amigas, desenvolvido através da parceira entre a Polícia Penal do Paraná (PPPR) e o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), recebeu novos materiais e equipamentos para manutenção e pequenas reformas em escolas estaduais e prédios da administração pública na região de Francisco Beltrão, no sudoeste do Estado.

Trata-se de pás, enxadas, rastelos, picaretas, escada, mangueiras, entre outros utensílios, utilizados no dia-a-dia em serviços de reformas e manutenções. Para estas funções, as instituições de ensino e administrações públicas contam com a mão de obra de pessoas privadas de liberdade (PPL), custodiadas pela Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão (PEFB).

A entrega ocorreu nesta semana nas dependências do Núcleo Regional de Educação (NRE) daquele município. Participaram do ato o gerente estadual do programa, Claus Marchiori; a chefe do NRE, professora Lurdinha Bertani; o diretor da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão (PEFB), Márcio Roberto Iansen; além de Márcio Henrique Paixão, policial penal que acompanha e monitora o programa na PEFB e Alzemiro Prando, técnico responsável pelo programa no NRE.

Para o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Osvaldo Messias Machado, este projeto aparece para solucionar as dificuldades das instituições de ensino em contratar profissionais para realizar estes pequenos reparos. “Hoje nós estamos ampliando o Programa Mãos Amigas, que visa atender escolas no que diz respeito a manutenções e reformas, desde a parte elétrica, hidráulica, alvenaria e limpeza. Este projeto tem contribuído muito pois as instituições de ensino têm dificuldades em contratar profissionais para fazer estes pequenos reparos. O Mãos Amigas tem avançado neste sentido e atendido a maioria das escolas do Paraná, utilizando a mão de obra dos apenados e, assim, gerando uma condição melhor de estudo para os nossos alunos”, destaca.

O diretor da PEFB, Márcio Roberto Iansen, afirma que a demanda de serviço é alta e que há expectativa de ampliação do programa. “Estamos satisfeitos com este programa pois conseguimos encaminhar os apenados dentro deste projeto que vem atendendo a todas as escolas da região. Hoje possuímos várias demandas a pedido da diretoria das escolas e poder ver todo o empenho destas pessoas é muito gratificante. Além da remição de pena, os apenados recebem um salário. Estamos com tratativas para disseminar este programa em outros núcleos da regional de Francisco Beltrão. A expectativa para o próximo ano é ampliar este trabalho e assim estarmos ajudando a todas as escolas da nossa região”, disse.

O Mãos Amigas permite aos apenados oportunidades de participação ativa junto à sociedade. Inúmeras melhorias e benfeitorias já foram realizadas com a mão de obra de PPLs da PEFB e atualmente, segundo os responsáveis pela agenda de trabalho, há fila de espera para contar com o trabalho do Mãos Amigas.

Segundo Márcio Roberto Iansen, há pedidos para que a Fundepar disponibilize para cada Núcleo Regional de Educação do sudoeste do Paraná, onde a Polícia Penal também está presente, uma equipe do Programa Mãos Amigas, no qual quem ganha é a sociedade como um todo com uma mão de obra qualificada tornando o ambiente escolar mais agradável e acessível para toda a comunidade.