A Polícia Penal do Paraná (PPPR) mobilizou efetivos em todo o estado entre os dias 24 e 28 deste mês para a realização de vistorias minuciosas em unidades prisionais, durante a 9ª fase da Operação Mute. A ação, desenvolvida pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, ocorreu simultaneamente em todo o território nacional e tem como foco o enfrentamento às organizações criminosas que atuam dentro do sistema prisional.

Com o objetivo de reduzir a criminalidade e influenciar diretamente nos índices de violência no país, a operação promove revistas coordenadas em pavilhões e celas, conduzidas por policiais penais federais, estaduais e distritais. Durante as ações, são buscados materiais ilícitos que possam ter adentrado irregularmente em unidades penais e sirvam como ferramentas para a continuidade de crimes comandados de dentro das unidades, refletindo no avanço da violência nas ruas.

No Paraná, as vistorias ocorreram na Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I), Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), Penitenciária Estadual de Londrina III (PEL III), Penitenciária Estadual de Campo Mourão (PCM), Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão (PEFB), Penitenciária Estadual Thiago Borges de Carvalho (PETBC), em Cascavel, e Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu III (PEF III). Também passaram por inspeção as Cadeias Públicas de Telêmaco Borba, Apucarana e Sarandi.

Para o conjunto de atividades no estado, foram empregados 76 policiais penais do Setor de Operações Especiais (SOE), 5 cães do grupo K9 da PPPR, 90 policiais penais das unidades, 18 profissionais dos Núcleos de Inteligência, 121 monitores de ressocialização prisional (MRP) e 1 policial penal federal. Ao longo dos cinco dias de trabalho, 1.688 pessoas privadas de liberdade foram movimentadas para inspeções minuciosas em cubículos, celas e galerias.

No estado, o foco da Operação Mute é enfraquecer e desarticular o poder operacional de facções criminosas que atuam tanto no Paraná quanto em outros entes federativos. A PPPR desempenha papel estratégico na identificação de redes de comunicação ilícitas e na prevenção de atividades criminosas coordenadas a partir do interior das unidades prisionais — um dos pilares para o êxito da operação em âmbito nacional.

“No estado, a execução das vistorias contou com o emprego técnico e doutrinário das equipes subordinadas operacionalmente à Divisão de Operações de Segurança (DOS) da PPPR, em especial o Setor do Operações Especiais (SOE) e o Setor de Operações Táticas (SOT), cuja atuação padronizada assegura precisão, segurança e conformidade aos protocolos operacionais. Somada ao trabalho dos policiais penais das unidades, inteligência e demais servidores do sistema prisional, essa integração fortalece o controle institucional e contribui diretamente para os resultados alcançados nesta fase da operação”, explicou o chefe da DOS, Sidnei de Souza Geraldino.